Apostar no ‘certo’ de Rollemberg é deixar tudo muito duvidoso
Por Kleber Karpov
Na manhã desta segunda-feira (15/Out), o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, candidato a reeleição, durante encontro com feirantes sugeriu, ao se referir ao oponente Ibaneis Rocha (MDB), que “Não se pode trocar o certo pelo duvidoso”.
O discurso do atual ocupante do Buriti, que coleciona descumprimentos de promessas e sentenças judiciais, remeteu ao caso recente do Rede Sustentabilidade (REDE). Na última semana (11/Out) o partido anunciou a retirada de apoio à reeleição do socialista.
Tal retirada está diretamente ligada a aposta de REDE no ‘certo’ de Rollemberg. Após se coligar com o Partido Socialista Brasileiro (PSB) e lançar o deputado distrital Chico Leite (REDE) ao Senado, o partido de Marina Silva levou uma rasteira do PSB com a candidatura de Leila do Volei (PSB) para disputa, também, uma das vagas de senador da República.
O sentimento de “deslealdade” apontado por REDE foi resultado de uma aposta no ‘certo’, de Rollemberg. Algo que resultou na pausa da vida política do DF, uma vez que Chico Leite ficou sem mandato, enquanto Leila do Volei foi eleita para uma das vagas ao Senado Federal.
Certo ou duvidoso?
Em 2015 e nos anos seguintes, cerca de 100 mil servidores do GDF levaram calote das incorporações das gratificações das 32 leis sancionadas pelo ex-governador do DF, Agnelo Queiroz (PT). Mesmo, após a promessa que incorporar tais pagamento em outubro de 2017.
Durante a campanha eleitoral, Rollemberg chegou a alegar que os adversários faziam falsas promessas, durante os debates, em relação a tais pagamentos. Ao perceber a necessidade de ‘ceder’ em relação ao tema, Rollemberg deu um ‘jeitinho’ de ‘garantir’ recursos no orçamento para se realizar o pagamento em 2019. A pergunta que não quer calar é: Você acredita que ele vai pagar?
Para quem convive com as promessas do atual ocupante do Buriti, apenas uma regra parece ser sensata: Apostar no certo, de Rollemberg, é deixar tudo muito duvidoso.