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22 nov 2024 03:44


“Não tem efetivo para tirar a gente daqui. Somos muitos” provocam bolsonaristas após recuo do Exército em desocupação no DF

Embora Exército seja incapaz de retirar manifestantes acampados em frente ao Quartel-General, forças de segurança estão de prontidão para conter manifestantes golpitas

Por Kleber Karpov

O Exército Brasileiro, desistiu de realizar a desocupação em frente ao Quartel-General (QG), situado no Setor Militar Urbano (SMU), na manhã desta quinta-feira (29/Dez), de manifestantes bolsonaristas, que pedem intervenção militar. Com o recuo, do Exército, que coordena a ação, em conjunto com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), os golpistas começaram uma onda de provocações às forças policiais, à imprensa e equipes do DF Legal – antiga Agefis -, presentes no local para dar suporte à operação.

Em discursos inflamados, em cima de um caminhão, os apoiadores do presidente derrotado nas urnas, Jair Messias Bolsonaro (PL), um dos manifestantes sugeriu que “mexer com a gente vai ser o mesmo que mexer em um vespeiro”. Em outro, uma moradora de Goiânia, foi mais longe e desafiou as forças de segurança. “Não tem efetivo para tirar a gente daqui. Somos muitos”.

Desistência

No período da manhã, em coletiva de imprensa organizada pelo Governo do Distrito Federal (GDF), sobre a atuação das forças de segurança, para a posse do presidente eleito, Luis Inácio Lula da Silva (PT), o comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Fábio Augusto Vieira, apontou a ‘incapacidade’ de, a coordenação, a cargo do Comando Militar do Planalto (CMP) do Exército Brasileiro, realizar a retirada do acampamento bolsonarista.

“A coordenação da operação é do Exército. Tínhamos 500 policiais militares em condições, e o Exército desistiu da operação. Optou por eles mesmos fazerem a retirada do local. Não houve falta de segurança de nenhum servidor. Eles tentaram [uma ação] com o DF Legal e, quando viram que os manifestantes seriam hostis, desistiram da operação por entender que o Exército conseguiria fazer a operação sozinho”, pontuou o oficial.

Frustrada a operação, em nota, o CMP justificou o recuo como forma de garantir a manutenção da ordem, entre os manifestantes. “A atividade foi conduzida em coordenação com os órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), mas foi suspensa no intuito de manter a ordem e a segurança de todos os envolvidos”.

“Urgentissimo”

Vale lembrar que, em 6 de dezembro, o Exército chegou a acionar à SSPDF e ao DF Legal e, por meio de ofício, pediu em caráter “urgentíssimo”, a retirada de ambulantes e barracas de frente ao QG. Ação essa que deveria ocorrer no dia seguinte, porém,  acabou por ser remarcada para esta quinta-feira (29/Dez).

Rumo a Brasília

Se de um lado, o Exército demonstra incapacidade, em coordenar um processo de retirada de manifestantes de frente ao QG, por outro, a posse do presidente Lula, deve aumentar a quantidade de golpistas inconformados com a vitória do petista. Golpistas esses, financiados, dentre outras fontes, pelo produtores do agronegócio brasileiro que, nas redes sociais prometem barrar a subida do presidente eleito na rampa do Palácio do Planalto.

Esse é o caso de um grupo que afirma estar a caminho de Brasília, vindos de Porto Alegre, em um comboio de 40 ônibus (28/Dez). Postagem essa em que o jornalista, diretor e roteirista, Carlos Alberto Jr. chama atenção das autoridades policiais e judiciais do país. “Atenção, @STF_oficial, @MPF_PGR e @policiafederal: golpistas financiados pelo agro a caminho de Brasília.“.

Prevenção

Para tentar conter novas ações terroristas e atos de vandalismos, uma das respostas da Segurança Pública do DF (SSP), será a limitação, em 30 mil pessoas, a quantidade de pessoas que devem ter acesso a Praça dos Três Poderes, para prestigiar a posse de Lula. Vale observar que é esperado, para a Esplanada dos Ministérios é de A expectativa é de até 300 mil pessoas.

Conforme observo o Secretário de Segurança Pública do DF (SSEPDF), Júlio Danilo, a região central de Brasilia deve contar com um grande efetivo das forças de segurança e deve haver pontos de revista para identificar possíveis portadores de armas de fogo, armas brancas e outros materiais, como mastros de bandeira, estilete e álcool.

Segurança

Embora o Exército, seja incapaz de remover os manifestantes golpistas da frente do QG, as forças de segurança do DF e do governo federal, devem empregar um enorme efetivo, para garantir a segurança de pessoas de diversos estados brasileiros, além de delegações de 56 países, que devem prestigiar a posse de Lula.

“Toda a questão da concentração de pessoas nesses atos demanda um planejamento muito bem feito relacionado à questão de segurança. Envolve, além das forças de segurança do DF, as federais, como as polícias Federal e Rodoviária Federal, as polícias do Senado e da Câmara, a Polícia Judicial do STF [Supremo Tribunal Federal], o GSI [Gabinete de Segurança Institucional] e o Exército. É uma estrutura complexa”, apontou Julio Danilo.

Das forças de segurança do DF, há confirmação de utilização de todo o efetivo da PMDF, sejam militares da ativa, prestadores de serviço e servidores civis comissionados que atuam no expediente administrativo; da Polícia Civil do DF (PCDF), que devem manter todas as delegacias abertas e um efetivo com mais 300 policiais extraordinários para atender as demandas.

Por parte do governo federal, mais de 1 mil policiais federais estão a atuar em todo processo de logística de segurança de transição e posse de Lula. Efetivo esse que deve ser reforçado, especificamente, para o ato de posse. “Na PF, há 1 mil policiais nessa operação, há dois meses. Reforçamos a segurança no aeroporto, nos hotéis e para deslocamento das autoridades. E existe a outra frente, que é a própria segurança do presidente eleito”, disse o superintendente da Polícia Federal no DF, delegado Marlon Cajado.



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