Nefrologia do Hospital de Santa Maria reduz tempo de espera para tratamento

Melhoria no fluxo de trabalho, troca de equipamentos e aumento de médicos na equipe permitiram que o HRSM diminuísse o prazo de 296 para 53 dias em 2023



A unidade de nefrologia do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) conseguiu reduzir o tempo médio de espera dos pacientes internados por vaga ambulatorial para hemodiálise de 296 dias para 53 dias ao longo de 2023. A especialidade médica dedicada ao diagnóstico e tratamento clínico de doenças do sistema urinário oferece atendimento especializado no 3º andar do hospital e conta com ramificações em outros setores como, unidade de terapia intensiva (UTI), pronto-socorro e enfermarias.

“A melhoria ocorreu por aprimoramento de processos internos relacionados a realização de exames laboratoriais e de imagem. Além da inserção dos pacientes no Sisreg (regulação de vagas), monitoramento da solicitação e acompanhamento do paciente até o momento do acolhimento na vaga externa”

Núbia Moreira, chefe do Serviço de Nefrologia do HRSM

A melhora só foi possível devido a mudanças no fluxo de trabalho do setor e ao aumento na disponibilidade de vagas para hemodiálise ambulatorial em toda a rede pública de saúde, principalmente no segundo semestre de 2023, após o cofinanciamento das sessões de diálise pelo GDF junto às clínicas conveniadas.

“A melhoria ocorreu por aprimoramento de processos internos relacionados a realização de exames laboratoriais e de imagem. Além da inserção dos pacientes no Sisreg (regulação de vagas), monitoramento da solicitação e acompanhamento do paciente até o momento do acolhimento na vaga externa”, explica a chefe do serviço de nefrologia do HRSM, Núbia Moreira.

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Os pacientes que foram internados em janeiro de 2023 aguardaram uma média de 296 dias por uma vaga externa (vaga de diálise ambulatorial), enquanto os pacientes de novembro esperaram, em média, 53 dias. “É um resultado maravilhoso e que só é benéfico aos pacientes, além de melhorar sua qualidade de vida e seu tratamento”, destaca.

A média do tempo de espera entre os pacientes que foram internados em janeiro de 2023 foi de 296 dias, enquanto os pacientes de novembro aguardaram em média 53 dias | Fotos: Davidyson Damasceno/IgesDF

O trabalho da assistente administrativa do setor de nefrologia Juliana Roque foi essencial para dar celeridade ao processo. Segundo ela, muitas vezes a regulação é feita, volta e o setor não é comunicado. Então, pelo menos de duas a três vezes no mês ela verifica no sistema de regulação (SisregIII) como está o andamento de cada paciente, se permanece regulado, se foi devolvido ou se tem algo que possa atrasar a demanda.

“Mantenho uma lista atualizada de todos os pacientes que seguem em tratamento e sempre envio por e-mail também para a Central de Regulação da Secretaria de Saúde, pois como há a demora na espera, tem casos de pacientes que melhoram durante o tratamento no hospital ou, infelizmente, alguns que agravam. Então, manter essa lista sempre atualizada colabora na manutenção da liberação em tempo”, explica a assistente.

Conquistas

Em 2023, o serviço de nefrologia do HRSM teve muitos avanços, dentre eles a modernização do parque tecnológico, com a aquisição de 26 novas máquinas de hemodiálise.

Além disso, houve a contratação de mais médicos nefrologistas para o setor. Atualmente são 18 profissionais, antes eram apenas oito. Hoje, o HRSM atende as duas modalidades na nefrologia: internação e ambulatório.

“Tivemos a adequação do corpo clínico com a contratação de novos médicos especialistas. A nefrologia do HRSM faz em média 43 atendimentos por dia, totalizando 7.109 sessões de hemodiálise em 2023, sendo a maioria nos pacientes da UTI adulto”, afirma a chefe do serviço de nefrologia.

Retrospectiva

Com a abertura do Ambulatório de Nefrologia no Hospital Regional de Santa Maria, em junho de 2022, o serviço já atendeu mais de 1.632 pacientes em regime ambulatorial, principalmente pacientes renais crônicos que têm a oportunidade de iniciar tratamento dialítico em regime ambulatorial, sem necessariamente passar por internação.



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FONTEAgencia Brasília
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