Por Kleber Karpov
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, após ser informada da demissão pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi ovacionada, na tarde desta quinta-feira (27/Fev), durante encontro com colaboradores do Ministério da Saúde (MS). O momento contou com a presença de secretários do MS que homenagearam a gestora, com uma placa em reconhecimento à atuação no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Com muito orgulho e honra, servi como ministra no governo do presidente Lula. Este é um governo que promove inclusão social, democracia e o retorno de políticas públicas que reconectam o Brasil com aqueles que historicamente foram excluídos. Foi uma experiência única para mim, que já vinha de seis anos na presidência da Fiocruz, e me sinto muito orgulhosa desse trabalho”, disse Nísia Trindade ao agradecer a honraria.
Confira a publicação, na rede social, Instagram, da Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do MS, Isabela Pinto.
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Demissão
Nísia Trindade foi comunicada por Lula, da demissão do cargo, na terça-feira (25/Fev) e deve ser substituída pelo atual secretário de Relações Institucionais do governo, por Alexandre Padilha (PT). A pasta em vacância, por sua vez, deve ser herdada por Sílvio Costa Filho (Republicanos/PE), atual Ministro de Portos e Aeroportos do Brasil.
A ministra se tornou alvo de desgaste político ao ser imputado, a responsabilidade na gestão da epidemia de dengue no país que acumulou, em 2024, um total de 6.230 óbitos.
Porém, dados epidemiológicos, produzidos, inclusive pela Organização Mundial de Saúde (OMS), apontam excepcionalidade em aumento exponencial de casos de dengue nas Américas, com 13,04 milhões que representou um aumento de 183,7% o número de casos de casos confirmados de dengue em 2024, se comparados aos 4,6 milhões em 2023, ou ainda das 8.244 mortes, com alta de 234,2% de óbitos quando comparado as 2.467 do ano anterior, segundo dados da Plataforma de Información en Salud para las Américas (Plisa) da Organização Pan-ameriana da Saúde (OPAS)

Além de fatores ambientais que colaboraram com os números se deram em relação a localização geográfica do Brasil, em região tropical, também se somou, conforme anunciado pela OMS, os impactos do El Niño de 2023, com o aumento das temperaturas e das alterações climáticas com o agravante da variante DENV-3, variante mais agressiva do virus da dengue terem criado as condições ideais para a reprodução do Aedes Aegypti, uma ‘tempestade perfeita’ (Veja Aqui)(4/Fev/2024), que resultou no impacto devastador da dengue, no Brasil, em 2024.

Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.