No DF, 1,45% dos casos de Covid-19 terminam em morte

Estudo da Codeplan mostra que a proliferação da doença se mantem estável. No comparativo nacional, o DF está entre os três estados em melhor situação



A 18ª edição semanal do Boletim Codeplan Covid divulgado nesta semana aponta que a taxa de letalidade da doença no DF é a 25ª mais baixa entre as 27 unidades da federação.

Desde o começo da pandemia, o DF ocupa as três últimas posições do país na taxa que compara o percentual de óbitos causados por Covid-19 em relação ao número de casos confirmados.

A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) analisou os dados sobre a infecção pelo coronavírus até o último dia 16. De acordo com o boletim, o DF tinha 136.467 casos e 1.976 óbitos. Só perde para Roraima, com taxa de 1,43, e Tocantins (1,38%).

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A média do Brasil é de 3,2%, mas o índice chega a 7,5% no Rio de Janeiro e a 6,36% em Pernambuco. “Desde que começamos o Boletim Covid-19 em abril, a taxa de letalidade do DF sempre manteve-se entre as melhores do país, sendo a antepenúltima na análise da semana passada.” afirma Jean Lima, presidente da Codeplan.

A taxa de letalidade do DF tem variado entre 1,2 e 1,5 desde o começo da pandemia. “Os outros estados têm variado muito. A nossa se mantém estável. Ontem excepcionalmente chegou 1,6 porque a gente consolida esses dados às 18h e alguns laboratórios privados mandaram dados de casos confirmados depois desse horário”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Haje.

Para ele, a taxa de letalidade é o melhor indicador para se avaliar a eficiência da rede de saúde pública e privada nas ações de enfrentamento ao coronavírus. “A taxa de letalidade daqui é uma das menores do país graças ao atendimento dado aos pacientes. Tem estudos que mostram que 90% das pessoas que chegam a precisar de leitos de UTI, morrem se não tiverem acesso a um tratamento adequado”, diz.

“Se fosse esse desastre como às vezes se supõe, nós não teríamos uma taxa de letalidade tão baixa”, ressalta. De acordo com o secretário de Saúde, Francisco Araújo, o GDF, no início da pandemia, fez três projeções de abertura de leitos de UTI. No último dos cenários, seria preciso ofertar mil leitos de UTI na rede pública e privada.

“Hoje, somando os 730 leitos UTI Covid com 240 no privado, nós chegamos próximos a mil leitos”, afirma. “Enquanto durar a pandemia a Secretaria de Saúde vai abrir leitos, não em grande número como antes”, completa.

Reestruturação da rede

Em seis meses de pandemia, a Secretaria de Saúde estruturou no Distrito Federal uma rede totalmente preparada para receber e atender os casos relacionados ao coronavírus.

Hoje, são 739 leitos com suporte de ventilação mecânica aos pacientes mais graves da Covid-19, com dificuldade respiratória. Entre eles, os de Unidade de Terapia Intensiva (535), de Cuidado Intermediário (196) e Cuidado Intermediário Neonatal (8).

Isso foi possível depois de um esforço de gestão para entregar em poucos meses estruturas adaptadas e preparadas para receber esses pacientes. A mais recente foi a do Hospital de Campanha do Centro Médico da Polícia Militar. A nova unidade disponibiliza, desde o início de agosto, 80 novos leitos de UTI à população e 20 de enfermaria. Com isso, contribuiu para reduzir a taxa de ocupação total de leitos no DF para 69%, até o momento.

Além disso, a pasta tem 533 leitos de enfermaria para os casos menos graves, disponíveis em cinco unidades hospitalares. A maior quantidade está no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), uma das referências no DF para tratamento da Covid-19, com 233 leitos. Também estão nessa lista os hospitais de campanha do Mané Garrincha e da Polícia Militar, com 177 e 20 leitos de enfermaria, respectivamente, além dos hospitais de Ceilândia (95) e do Guará (8).



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FONTEAgência Brasília
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