Filippelli avalia encontro como “segunda reunião de peso” e reafirma corrida para a disputa do governo em 2018
Por Kleber Karpov
Na manhã de sábado (8/Out), o primeiro suplente a vaga de deputado distrital, o subtenente Hermeto (PMDB), recebeu o ex-vice-governador do DF, Tadeu Filippelli, o senador Hélio José, ambos pemedebistas, o deputado federal, Roney Nemer (PP) além de lideranças políticas e comunitárias da 10ª Zonal que compreendem a Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo I e II e Park Way.
Emocionado Hermeto agradeceu a presença de oficiais do alto escalão da Polícia Militar do DF (PMDF), dos Bombeiros (CBMDF), ex-secretários de Estado, ex-administradores, lideranças políticas, comunitárias e religiosas do DF. O anfitrião fez questão de ressaltar a importância de todos ‘baixarem as armas’ e se unirem para “construir uma nova história” para o DF.
“Eu não estou fazendo projeto meu, eu nem sei se serei candidato. Mas para uma coisa eu sou candidato, trabalhar por esse homem aqui [Filippelli].”, disse ao referenciar Filippelli para a disputa para governador em 2018.
Lideranças militares
Além de Hermeto, que naturalmente falou em nome dos militares, o subtenente dos Bombeiros, carinhosamente conhecido por Serginho lembrou que o DF “está pedindo socorro” e lembrou a crise na Saúde do DF “tem gente morrendo com cinco liminares do juiz para ir para uma UTI e não vai gente.”.
Guarda Jânio (PRTB) que pode assumir uma vaga na Câmara Legislativa do DF (CLDF), em caso de eventual cassação da distrital, Jaqueline Roriz, de mesmo partido. Jânio também pediu a união de todos em torno do nome de Filippelli e do senador Hélio José, para 2018.
Lideranças comunitárias
Um dos escolhidos para falar foi Afonso, liderança de Candangolândia. O líder local reafirmou a necessidade de união das “lideranças políticas da Zonal 10”, de modo que se possam “mudar o destino dessa cidade que está tão precário e jogado às traças.”.
O ex-administrador de Núcleo Bandeirante durante o governo de Agnelo Queiroz (PT), Elias Carneiro lembrou a insatisfação dos moradores com a atual gestão do governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB).
“Se brincar, foram mais de 300 obras no Bandeirante e na Candangolândia, se juntar com Riacho Fundo são mais de 500 obras realizadas no nosso governo. Hoje o que a gente vê é que não saiu uma obra do papel, nenhuma obra foi realizada. […] Nós precisamos de pessoas que tenham visão empresarial, para que a nossa cidade volte a crescer, porque estão paradas.”, concluiu.
Outro a falar foi o responsável pelo movimento ‘O DF é Nosso’, Milton Felício, que lembrou a importância de Mário Blanco, do ex-administrador, Artur Nogueira e outras lideranças de Riacho Fundo, presentes no encontro.
Felício observou que embora tenha participado da campanha de Rollemberg durante as eleições de 2014, lamentou ter observado, ainda no início de 2015, “que ele [Rollemberg] estava enganando Brasília. E o compromisso com Brasília, não estava sendo feito.”.
Lideranças políticas
O deputado federal, Roney Nemer, observou que o DF precisa de Filippelli e não o contrário. O parlamentar falou sobre a falta de capacidade administrativa da atual gestão do GDF e criticou o governador.
“Ele [Rollemberg] não conhece a máquina. Não sabe para onde anda e nem para onde vai. Mas para show e evento, ele sabe o caminho, porque ele está em todos. Para derrubar casa de pobre, o governo é ágil, mas fazer alguma coisa para ajudar a família, que é o bem maior que nós temos, eles são difíceis.”, atirou.
Nemer elogiou ainda a capacidade administrativa de Filippelli a quem depositou esperança par o futuro: “Ele conhece a máquina como ninguém”, qualidade que considerou imprescindível para dar qualidade de vida à população do DF.
O senador Hélio José, elogiou a capacidade de Hermeto por reunir tantas lideranças, com divergências ideológicas, em um mesmo ambiente. O parlamentar também afirmou a necessidade de ter Filippelli à frente do GDF em 2018.
“É uma pessoa que sabe fazer. Brasília está precisando disso, está precisando desse planejamento, dessa realização e eu não tenho dúvida que será um presente que todos nós vamos dar para Brasília, se juntos colocarmos o Filippelli no governo.”
Hélio José observou que se pauta na linha de defesa dos servidores públicos e que atual para tentar garantir a paridade salarial das policias do DF. O parlamentar afirmou ainda que pretende quebrar o estigma de o DF, ainda não ter reelegido um senador suplente. “E eu trabalho 24 horas por dia para isso.”, concluiu.
Com a palavra…
Ao iniciar a fala, Tadeu Filippelli observou o que chamou de “senha”. O discurso de dona Socorro, liderança comunitária de Candangolândia que reforçou a necessidade de ‘união’ daquele grupo, para propagar o nome do candidato à sucessão de Rollemberg. Para Filippelli o termo representa a essência da caminhada rumo a 2018 e a promoção do resgate da normalidade à população do DF.
Filippelli lembrou a história dos primeiros moradores de Candangolândia que não tinham a propriedade dos imóveis que ocupavam, pois eram concessões do Estado e observou que, enquanto presidente da antiga SHIS, na gestão do ex-governador, Joaquim Roriz, buscou as soluções necessárias para garantir que os moradores, muitos sem condições de pagar pelo valor do imóvel, tivesse o direito a moradia.
Moradia
Em se tratando de moradia, Filippelli falou sobre o caso recente das desocupações por parte da Agência de Fiscalização de Brasília (Agefis). Na última semana, no condomínio Sol Nascente, em Ceilândia uma ação desastrosa onde um bebê de seis meses foi atingido durante as derrubadas, não passou despercebido por Filippelli.
“Não dá para entender. Adianta botar a culpa na Agefis, na Bruna [Pinheiro, presidente da Agefis], Na PM, de jeito nenhum. Aí está faltando é comando, sentimento, firmeza. A Bruna, no governo que eu participei, ela participou. Só que sabia-se onde ela podia trabalhar. Trabalhar onde? Lá na Novacap para tomar conta da frota, dos funcionários, etc. Se desempenhava muito bem e produzia ‘pra burro’. Agora colocar a Bruna para ter interlocução com a sociedade, com as pessoas mais humildes, etc. Não é a formação dela. Cada um dá o que tem. Ela, é uma pessoa, do ponto de vista do trabalho, ela sabe fazer. Mas para isso [derrubadas], não dá. Agora a culpa de estar lá, é dela ou do governador? Reaja companheiro [Rollemberg], entenda o que você está fazendo no Palácio.”, atirou Filippelli”.
Olhar para o futuro
O ex-vice-governador, falou da necessidade de ter os olhos voltados para o futuro, ao fazer alusão que a atual gestão se perdeu no tempo e nos discursos em relação à capacidade de gestão do DF. Filippelli avalia que as lideranças não devem mais perder tempo para falar do sentimento sobre a atual gestão e defende ser esse, o momento oportuno para planejar o futuro.
“Vamos discutir a situação absurda que está a segurança? E mais grave do que não estar ou estar trabalhando é o que foi construído na relação da Polícia Militar e da Polícia Civil, estão desmontando as instituições, o corpo de Bombeiros, de tudo. Vai falar o quê? Da Saúde? Ele [Rollemberg] que criticava a Saúde do governo anterior, que era um problema de gestão, que dinheiro tinha de sobra? Não vou perder um minuto falando nisso porque jamais vimos a Saúde do jeito que está. Falar o quê? Sobre realização de obras, atendimento, administrações regionais, etc? Não dá para perder tempo para falar sobre isso. Nós temos que ter o olhos voltados para o futuro.”.
Filippelli elogiou o encontro e reafirmou a necessidade de se construir e manter a união entre as lideranças de modo que possam liderar a caminhada rumo a 2018. “Dr. Hermeto foi extremamente competente ao montar essa reunião. Extremamente.”, ratificou ao lembrar ser, aquela, a segunda reunião “extremamente representativas que eu tive até agora”. A primeira ocorreu em Riacho Fundo em julho.