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22 dez 2024 13:42
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Nova estratégia de monitoramento leva vacinas à população mais vulnerável em todo o DF

Objetivo da Secretaria de Saúde é avaliar situação vacinal e traçar novos métodos para melhorar o acesso



 

Como parte da estratégia de vacinação extramuros, a Secretaria de Saúde (SES-DF), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Ministério da Saúde (MS), criou o Monitoramento Rápido de Vacinação (MRV). A iniciativa consiste em averiguar a situação vacinal de crianças e adolescentes menores de 15 anos por meio do processo de busca em campo de indivíduos vacinados e não vacinados.

Para o Monitoramento Rápido de Vacinação (MRV), equipes de 14 unidades básicas de saúde (UBSs) vão de porta em porta em áreas selecionadas em todo o DF. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

“O monitoramento tem o objetivo de verificar se a Campanha de Multivacinação realizada neste ano foi efetiva. Vamos em campo e entrevistamos a comunidade, questionando o motivo da não vacinação. A partir dessas respostas traçaremos novas estratégias”, explica a gerente da Rede de Frio do DF, Tereza Luiza Pereira. “Se for por falta de acesso, vamos ampliar os horários e a vacinação extramuros. Se por medo da vacinação, precisamos melhorar nossa comunicação e educação em saúde”, exemplifica.

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O MRV usa um método estatístico. Duas unidades básicas de saúde (UBSs) por região de saúde foram selecionadas, totalizando 14 UBSs em todo o Distrito Federal que farão o monitoramento em cerca de 15 microáreas. As equipes vão de porta em porta conferir os cartões de vacina de toda a família. A estratégia permitirá identificar grupos de pessoas suscetíveis e nortear as atividades de vacinação para alcançar esse público.

Nas visitas às residências do território monitorado, equipes de saúde avaliam a caderneta de vacina de crianças e adolescentes menores de 15 anos. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Segundo a gerente da Rede de Frio do DF, é necessário localizar, na área de monitoramento, 20 crianças em endereços diferentes vacinadas. Se a equipe identificar duas crianças não vacinadas, a ação de monitoramento é interrompida e inicia-se a varredura, ou seja, a vacinação casa a casa, pois entende-se que aquele território não está coberto. “Na ação, a vacina vai junto com as equipes que estão nas ruas. Todo o calendário vacinal está disponível, composto atualmente por 17 vacinas. A única exceção para aplicação imediata é a da BCG, pois sua aplicação ocorre em dias agendados nas UBSs”, afirma Tereza.

De porta em porta

O MRV teve início em 14 de outubro e ocorre simultaneamente em todas as sete regiões de saúde. A UBS 1 de São Sebastião é uma das unidades sorteadas para fazer o monitoramento. Em uma das visitas ao local conhecido como Baia dos Carroceiros, uma área de grande vulnerabilidade social na região administrativa, a equipe encontrou rapidamente duas casas em que as crianças não haviam sido vacinadas. Imediatamente, o procedimento foi adotado.

“Essa é uma oportunidade de conversar com a população, que muitas vezes não tem conhecimento dos serviços que temos disponíveis. Essas visitas ajudam na ampliação da cobertura vacinal e esclarecem dúvidas”, avalia a agente comunitária de saúde, Juceli Matias.

Na casa de Edivânia Alves, de 42 anos, duas crianças estavam com esquema vacinal atrasado. Por isso, seu filho Enzo, de 5 anos, e a neta Ághata, de 2 anos, receberam a vacina contra influenza (gripe). “Não esperava ter atendimento em casa, mas ansiava por isso. Assim, vemos que estamos seguros, pois [a Saúde] está aqui. Estou bastante satisfeita.”

A família de Edivânia Alves (camisa amarela) recebeu a equipe da UBS 1 de São Sebastião para o monitoramento. Além de disponibilizar imunizantes para atualização vacinal, todos receberam orientações dos profissionais. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Quem também aproveitou a oportunidade para imunizar dois dos três filhos foi a dona de casa Carolina Pereira, de 23 anos. O pequeno Heitor estava com as vacinas indicadas aos 12 meses atrasadas e, por isso, tomou quatro de uma única vez. Já Ana Klara, de 8 anos, recebeu uma dose da vacina contra gripe. “Tenho minhas crianças e não consigo ir sempre ao posto de saúde. Vindo em casa é bem melhor e facilita nossa vida”, avalia a mãe.

De acordo com a enfermeira Flávia Rodrigues, que atua na UBS 1 de São Sebastião, as áreas mais vulneráveis são as que possuem mais crianças e gestantes e costumam ter atraso na caderneta de vacina. “O Monitoramento Rápido de Vacinação ajuda muito, pois levamos os imunizantes até a casa da pessoa e, se o adulto estiver com atraso, também ofertamos as vacinas”, destaca.

Carolina Pereira aproveitou a oportunidade e atualizou o cartão de vacina dos filhos. Ela relatou dificuldade de ir à UBS com as crianças. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF


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FONTEAgencia Saúde DF
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