Novembro Roxo alerta sobre os índices de prematuridade e consequências do nascimento antes da hora

Em 2021 a campanha chama atenção para a separação zero entre mãe e filho



Novembro é considerado o mês internacional de sensibilização para a prematuridade e o objetivo é alertar sobre o crescente número de partos prematuros, como preveni-los, e informar a respeito das consequências do nascimento antecipado para o bebê, para sua família e para a sociedade.

A campanha do Novembro Roxo acontece durante todo o mês, mas concentra suas ações, principalmente, no dia 17, Dia Mundial da Prematuridade. O roxo é a cor símbolo da causa da prematuridade.

“O roxo foi escolhido por simbolizar sensibilidade e a individualidade, características que são muito peculiares aos bebês prematuros. Além disso, o roxo também significa transmutação e mudança, ou seja, a arte de transformar algo em outra forma ou substância, assim como no desenvolvimento de um bebê prematuro”, explica Miriam Santos, pediatra e coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF.

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Neste ano, o foco da campanha é a separação zero entre mãe e bebê prematuro, ou seja, permitir que a mãe tenha condições de ficar internada para acompanhar o filho prematuro o tempo todo e que o pai também tenha livre acesso.

Segundo Miriam, com a pandemia, foi perdido este livre acesso do pai. “A mãe fica internada em quase todos os hospitais da rede pública de saúde. No entanto, ainda faltam vagas para mãe nutriz. Hoje, estamos estudando como resolver isso”, informa.

Neste mês estão previstas diversas ações do Novembro Roxo nos hospitais que atendem prematuros. Além disso, está previsto para o fim do mês o primeiro seminário da prematuridade do DF. Como ocorreu em 2020, haverá ensaios fotográficos em algumas UTIs e UCIs da rede, bem como palestras e ações. A programação será divulgada em breve no site da Secretaria de Saúde.

Dados

A médica alerta para os números de prematuridade no Distrito Federal, que atualmente estão maiores do que a média nacional. De acordo com Miriam, enquanto o Brasil está com a média de prematuridade de 11,1%, no DF a média é de 12%.

“A região de saúde que mais chama a atenção para este número é a Norte, com 14,1 %. Um pré-natal de qualidade é importante para a redução da prematuridade. Entretanto, penso que vai além disto, precisamos ampliar também o planejamento reprodutivo”, afirma Miriam.

Na avaliação dela, o aumento da cobertura da Atenção Primária à Saúde nas regiões vulneráveis tem por objetivo aumentar o acesso, qualificar o planejamento reprodutivo e o pré-natal, o que terá efeito direto nos índices de prematuridade.

Prematuridade e Bancos de Leite Humano

De acordo com Miriam, os bebês prematuros são os principais receptores dos Bancos de Leite Humano do DF, pois muitas vezes a mãe teve um problema de saúde que levou à prematuridade e, inicialmente, não consegue alimentar o filho.

Outro ponto bastante considerável é o fato de que a vida de mãe de UTI não é fácil. “Às vezes ela pode não conseguir produzir o volume necessário de leite para seu bebê quando ele aumenta a dieta. É importante lembrar que, no DF, oferecemos leite humano pasteurizado para todos os bebês internados nas unidades neonatais e, por isso, a nossa demanda é tão grande”, conclui.

Doação

A doação é um gesto solidário e ajuda a salvar vidas diariamente. “O leite humano é o melhor alimento para qualquer criança e fundamental para os bebês que estão doentes, internados nas UTIs neonatais, precisando do alimento. Ele traz nutrientes para o crescimento e desenvolvimento, além de auxiliar no processo de defesa imunológica das crianças”, ressalta a médica.

Toda mulher que está amamentando pode ser voluntária e ajudar a salvar a vida de vários recém-nascidos. Para se tornar doadora, basta ligar para o telefone 160, opção 4 ou acessar o site Amamenta Brasília e se inscrever. Depois disso, as equipes do Banco de Leite Humano entrarão em contato para agendar a visita do Corpo de Bombeiros (CBMDF).



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FONTESecretaria de Saúde
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