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01 nov 2024 21:30


Novo secretário de Saúde faz plano emergencial e quer ajuda da Câmara

Dívida com fornecedores é de R$ 460 milhões; faltam remédios e insumos. Gestor é o terceiro no cargo desde o início do governo de Rollemberg.

Por Raquel Morais

Novo secretário de Saúde do Distrito Federal, Humberto Fonseca afirmou ao G1 preparar um plano emergencial para lidar com o que aponta como maiores problemas da rede pública: falta de medicamentos, falta de material hospitalar, necessidade de reabertura de leitos de UTI e melhorias nos serviços de radioterapia e hemodiálise. O gestor é o terceiro no cargo desde o início da gestão Rollemberg.

“[Temos] Um orçamento que está problemático neste ano, a gente precisa buscar recurso até para fechar o ano, se não a gente não consegue sequer pagar o que a gente precisa pagar”, disse. Fonseca afirmou esperar conseguir valores extras por meio de emendas parlamentares.

Para o secretário, os 34 mil profissionais da pasta se sentirão mais motivados quando houver melhor infraestrutura. Ele também declarou pensar em uma política voltada a 4,5 milhões de pacientes – incluindo moradores do DF e de 22 cidades do Entorno. A pasta tem atualmente dívida de R$ 460 milhões com fornecedores.

“O profissional se sente talvez abandonado e isso possivelmente prejudique o funcionamento do serviço. Acredito que, se a gente conseguir reabastecer as farmácias, o profissional chegar aos postos, hospitais e tiver remédios, equipamentos funcionando, se isso tudo contribuir para o trabalho dele, ele se motiva naturalmente, sem a secretaria precisar fazer qualquer apelo. Tenho convicção que no coração dos profissionais está a vontade de ajudar.”

O ex-secretário de Saúde do Distrito Federal Fábio Gondim foi exonerado no dia 2, depois de sete meses na função. O substituto dele é advogado e médico  A secretária-adjunta, Eliene Berg, permaneceu no cargo.

‘Choque de gestão’
Gondim havia tomado posse na secretaria prometendo um choque de gestão na área, que sofre com falta de médicos e outros profissionais de saúde, além de medicamentos e equipamentos. Em entrevista ao G1 no dia 27 de julho do ano passado, ele disse que entre 80% e 90% dos problemas da pasta se resolveriam com gestão.

O secretário deixou o cargo sem conseguir resolver problemas básicos da área, como a crise no atedimento a pacientes, a falta de remédios e de manutenção de equipamentos.

Feitosa é o quarto secretário do GDF a ser empossado desde o início do ano, em menos de 100 dias de governo em 2016. Desde 1º de janeiro, o comando também foi alterado nas pastas de Justiça, Fazenda e Segurança.

Fábio Gondim, exonerado nesta quarta-feira da Secretaria de Saúde do DF, em imagem de arquivo (Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde)
Fábio Gondim, exonerado nesta quarta-feira da Secretaria de Saúde do DF, em imagem de arquivo (Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde)

No dia 6 de janeiro, a psicóloga Márcia de Alencar foi empossada como secretária de Segurança Pública. A pasta estava sem chefe oficial desde novembro, quando Arthur Trindade deixou o cargo. Na ocasião, Rollemberg também trocou a chefia da Polícia Militar.

No dia 28 do mesmo mês, João Antônio Fleury foi anunciado como secretário de Fazenda. Ele era adjunto da pasta e substituiu Pedro Meneguetti, convocado pelo governo federal para ajudar a reequilibrar as contas públicas. A troca foi divulgada junto com o balanço final de 2015, quando o GDF voltou ao limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Em 23 de fevereiro, Rollemberg exonerou o secretário de Justiça, João Carlos Souto, e o subsecretário do Sistema Penitenciário, João Carlos Lóssio. A decisão foi tomada dois dias após a fuga de dez detentos na Penitenciária da Papuda. Guilherme Abreu (interino) e Anderson Damasceno assumiram os cargos, respectivamente.

Fonte: G1 DF

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