Novos contratos reduzem fila de cirurgias eletivas no Distrito Federal

Maria de Souza (foto) foi contemplada entre as mais de 3,8 mil vagas de cirurgias recém distribuídas pela SES-DF a hospitais da rede complementar



Por Érika Bragança e Michelle Horovits

Alívio e esperança, esses foram os sentimentos experimentados por Maria de Souza ao receber a notícia de marcação de uma consulta pré-cirúrgica na rede complementar pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Como usuária da rede pública, ela faz acompanhamento na Unidade Básica de Saúde (UBS) 7 de Ceilândia e foi uma das beneficiadas pelos novos contratos homologados no fim de setembro, que abrangem mais de 3,8 mil cirurgias.

“Eu gritei de alegria, pois iniciei meu processo de investigação em 2019. A pandemia atrasou tudo, mas, hoje, graças a Deus, estou aqui na hora certa”, celebrou na quinta-feira (12), ao se preparar para a cirurgia de retirada da tireoide no Hospital São Mateus, um dos contratados pela Secretaria de Saúde (SES-DF) para agilizar a fila de cirurgias eletivas. “Minha consulta foi marcada para o dia seguinte [à ligação], fiz os exames e retornei ao médico. Em menos de 10 dias, tudo estava certo e agendado.”

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A história de Maria é mais um exemplo de sucesso na estratégia de gerenciamento da demanda reprimida de cirurgias eletivas. Em fevereiro, a Secretaria buscou apoio, envolvendo principalmente as bancadas do DF no Congresso Nacional. Isso resultou em um investimento total previsto de R$ 25,3 milhões, provenientes do governo do DF, de emendas parlamentares e do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas do governo federal. A expectativa é realizar até 25 mil cirurgias eletivas por meio de editais de credenciamento, reduzindo a lista de espera em mais de 90%.

“Seguimos com todos os esforços para atender à população de forma mais rápida, com o apoio da rede complementar, que é prevista no Sistema Único de Saúde”, reforça a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.

Agilidade no atendimento

O gerente comercial do Hospital São Mateus, Alexandre Torres, acompanha de perto o progresso das cirurgias desde 2022, incluindo procedimentos gerais, como cirurgias de vesícula e histerectomia. “Estamos comprometidos e desempenhando um papel essencial no fortalecimento do SUS. Esse apoio é de grande importância, pois fazemos parte de uma rede que está contribuindo para a retomada das cirurgias e a redução das filas de espera no Distrito Federal”, avalia.

Força-tarefa da SES-DF para reduzir espera por cirurgias envolve contratos com rede complementar de saúde, medida prevista no SUS. Em setembro, seguindo as regras da nova Lei de Licitação, pasta distribuiu mais de 3,8 mil procedimentos entre unidades hospitalares. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Em outubro de 2022, a SES-DF firmou os primeiros contratos que possibilitaram a realização de 2.384 cirurgias, abrangendo procedimentos como hérnias, remoções de úteros e vesículas. A segunda fase da força-tarefa teve início no fim de maio de 2023, contemplando 849 procedimentos.

Todos os contratos incluem consultas antes e após as cirurgias, atendimento pré-anestésico e internação pós-operatória de 48 horas. As empresas passam por uma avaliação técnica, administrativa e jurídica rigorosa.

Os credenciamentos e contratos mais recentes, com mais de 3,8 mil vagas de cirurgias, ocorreram sob as regras da Nova Lei de Licitação (Lei 14.133/2021), permitindo ainda mais isonomia na distribuição entre os hospitais da rede complementar do DF e transparência em relação aos participantes.

 

 



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FONTEAgência Brasília
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