O Grande Czar e a sede de ganhar



Qualquer semelhança entre acontecimentos na ex-grande Rússia e na terras brasilis tupiniquins é mera coincidência. Mas como diria Caetano Veloso: “ou não.”.

Em Fevereiro uma série de postagens provenientes de um perfil fake, devidamente identificado, talvez por estar supostamente indignado ou tentando intimidar este articulista de Política Distrital, após a publicação de uma matéria, com o comentário: “VODKA KARPOVIKA Uma fita de um blogueiro afrodescendente, porém com nome russo, começa a circular pela cidade. Ele pede dinheiro para não falar mal de algumas autoridades.”. Da frase analiticamente intimidatória e difamatória, porém, com parte do termo politicamente correto, “afrodescendente, porém com nome russo”, acabou reportando aos tempos gloriosos do império russo.

Na monarquia Russa após 1947 um Grão-Príncipe da Moscóvia se tornou o Grande Czar da Rússia. Considerado bom comerciante, patrono das artes e exímio diplomata, o Grande Czar soube com maestria transformar uma sociedade medieval em uma grande potência. E para isso teve que mostrar seu lado terrível, pelo uso da autoridade, o que o tornava formidável,  perigoso, rigoroso e até ameaçador.

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Um episódio ocorrido no final de 1564 lembra em muito acontecimento das terras Brasilis tupiniquins. O Grande Czar, deixou Moscou e foi para Alexandrov, Vladimir Oblast. De lá teria abdicado ao trono por suposta traição da aristocracia e do clero. Porém o tribunal boiardo por temer a ira dos cidadãos moscovitas implorou pelo retorno do Grande Czar que concordou sob condição de que a Monarquia fosse absoluta. Ele exigiu o poder de executar e confiscar os bens de traidores, sem interferências do conselho boiardo ou da igreja. Diante disso, Ivan decretou a criação da Opríchnina, território independente dentro das fronteiras da Rússia e uma guarda pessoal independente das relações políticas russa. O que se viu foi uma onda de opressão aos camponeses que foram obrigados a pagar em um ano, o que deviam em dez, de tributos, o que gerou a fuga dos produtores a ponto de representar a queda da produção global.

Nas terras Brasilis tupiniquins

Um sábio rei de um grande império pediu o retorno do Grande Czar. Embora esse dispensasse um título mais nobre, se colocou como homem de confiança do braço direito do rei. Mas não sem criar um território independente nesse reinado, movido pela impetuosidade nada saudável de reinar absoluto sob a proteção de seus mil guardas, vindo de outros reinados.

Sob proteção e com ajuda dessa guarda, o Grande Czar negocia com donos de pedreiras para construir e ampliar seus próprios castelos.

Nessa sanha o braço direito do sábio rei se vê cansado e corre o risco de sucumbir a proximidade desse Grande Czar. Isso por não ter voz de comando para com seus soldados e tampouco por conhecer o próprio reino.

Ao perceber a ruína que pode se abater sobre o sábio Rei, a rainha que sempre o apoiou se vê arrependida, por ser responsável pela indicação, nada sadia, do principal comandante da guarda do Grande Czar, que compromete a gestão do braço direito do rei.



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