‘O médico estaria morto’: funcionários de centro de saúde Santa Amélia em BH denunciam agressão por marido de paciente

Polícia Militar foi acionada depois que suspeito, de 29 anos, atacou um médico, uma médica, uma técnica de enfermagem e outra profissional no local.



Funcionários do Centro de Saúde Santa Amélia denunciam que foram agredidos, na tarde desta segunda-feira (6), pelo marido de uma paciente. A unidade fica no bairro Santa Branca, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada depois que o suspeito, de 29 anos, atacou um médico, uma médica, uma técnica de enfermagem e outra profissional no local.

Aos policiais, as vítimas relataram que houve um mal entendido ao chamar o nome da paciente, de 28 anos, o que causou uma demora além da prevista. Insatisfeita com o tempo de espera, a mulher disse que iria ligar para o esposo “resolver da forma dele”.

Ainda segundo o registro, o homem chegou na unidade “bastante alterado” e foi até os consultórios. O médico, de 44 anos, subia uma escada, quando foi surpreendido pelo suspeito, que “pulou sobre sua cabeça”, jogou ele no chão e começou a socá-lo.

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Ao tentarem apaziguar o ataque, a médica e duas servidoras também foram agredidas. Uma delas chegou a ser empurrada e caiu pelos degraus.

O médico foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) com uma possível fratura na mão e inchaço na região da cabeça, além de dores pelo corpo, para um hospital. As outras vítimas recusaram atendimento.

Os funcionários afirmaram à PM que o suspeito era conhecido na unidade e seria lutador de MMA. Ele fugiu do local e ainda não foi encontrado pela polícia.

‘O médico estaria morto’

Ao g1, uma servidora do centro de saúde, que pediu para não ser identificada, falou sobre as agressões.

“Nós estamos revoltados. Foi muita covardia o que aconteceu. Uma pessoa ser espancada por um lutador de MMA, sem conseguir se defender… Se os colegas não tivessem conseguido [ajudar], o médico estaria morto. Foi uma situação traumatizante”, contou a mulher.

Já o médico disse que recebeu alta, mas ainda deve passar por uma avaliação ortopédica na mão e uma tomografia na cabeça.

“O pessoal reduziu a fratura, colocou o gesso e marcou [um retorno] daqui sete dias para saber se vai precisar de cirurgia. […] E ver se vai precisar de fazer a tomografia, se não teve nenhuma trinca óssea aqui na região da órbita direita”, explicou o médico.

O que diz a prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte disse que os profissionais agredidos foram “prontamente acolhidos”. A administração municipal também afirmou que o fluxo de abordagem a episódios de violência, uma estratégia do plano de segurança para unidades de saúde, foi acionado.

“A Guarda Civil Municipal e a Polícia Militar foram acionadas. Em razão do episódio, a unidade está atendendo exclusivamente aos casos mais graves. Os demais pacientes foram informados que as consultas e procedimentos serão reagendados”, completou a prefeitura.

O que diz a Polícia Civil

Por nota, a Polícia Civil informou que o suspeito, de 29 anos, e a paciente, de 28, fugiram e, até o momento, não foram conduzidos à delegacia.

 



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FONTEG1 Minas
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