O papo é este: PT, Lula e Petrobras. Servidos?



A ações da empresa na Bolsa de Valores despencaram e a desconfiança do mercado aumentou

Por Paulo Henrique Abreu

O Partido dos Trabalhadores (PT), por muitos anos, foi sustentado pelo dinheiro dos sindicatos. Usou e abusou da máquina sindical para financiar o seu projeto de se sobressair em meio aos partidos ditos “burgueses”. Investiu muito em quadro humano e ganhou a simpatia de várias categorias de trabalhadores Brasil afora. Foi implacável com os governantes que ousavam mexer no bolso do trabalhador. Também evitava se misturar com outros partidos de esquerda ou de centro. Fazia a sua política de forma isolada. Tanto é assim, que não participou do Colégio Eleitoral quando da eleição de Tancredo Neves e não assinou a Constituição de 1998. Queria se isolar e ser o partido, o único, o tal.

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Hoje, o PT não depende mais, exclusivamente, do dinheiro sindical. Para conquistar o poder, em 2002, abriu mão de princípios e se aliou com a banda podre da política brasileira. …

Daí, como um menino iniciando a sua vida sexual, conduzido por um adulto (PMDB e PP de Maluf), o partido gostou do que viu e resolveu entrar no jogo. Largou os escrúpulos, os princípios, a ética e partiu para se esbaldar na esbórnia – falo aqui da esbórnia da política, pois essas qualidades, àquela altura, já não tinha mais mesmo no meio sindical. Como fez nos sindicatos, o PT vem usando, ao longo de 12 anos, a máquina governamental para sustentar o seu projeto de poder vitalício. Nas eleições do ano passado, os Correios estiveram, escancaradamente, a serviço da candidata Dilma. Mas o que mais chama atenção é caso da Petrobras, a maior empresa brasileira. Ela simplesmente está sendo esfrangalhada pelos petistas, e não é de agora. É com esses recursos, tirados de obras superfaturadas, que o partido consegue manter uma base aliada no Congresso e manter uma força considerável para eleger os seus candidatos.

“Decidimos não utilizar a metodologia da determinação do valor justo como “proxy” para ajustar os ativos imobilizados da Companhia devido à corrupção, pois o ajuste seria composto de elementos que não teriam relação direta com pagamentos indevidos.” Esse é um dos comentários da presidente da Petrobras, Graça Foster, sobre o balanço do 3º semestre de 2014. Ela fala claramente em corrupção. Significa então que já admite a existência de um buraco negro. Só por essa frase oficial, podemos concluir que a corrupção está realmente impregnada na estatal, o que não é devaneio da mídia golpista, da oposição, de FHC, de inimigos externos ou da operação Lava-Jato, como os petistas tentam insinuar. A ações da empresa na Bolsa de Valores despencaram e a desconfiança do mercado aumentou. A coisa é séria e está feia além de Foster e Cerveró.

Para se ter uma ideia, R$ 88,6 bilhões é o prejuízo sofrido pela empresa com o desembolso de propinas e de contratos superfaturados. Talvez isso explique, o abastecimento vultoso de recursos na campanha de Dilma à presidência. R$ 544 milhões foram despejados nas constas da candidata e do PT. A maioria dessa dinheirama vem de empresas que têm contrato com a estatal petrolífera. O doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor Paulo Roberto Costa apontam que participaram do esquema a partir das ordens dos políticos. Eu não tenho dúvida alguma que Lula e José Dirceu estejam no comando dessa empreitada chamada Petrolão.

No mesmo relatório divulgado pela Petrobras, a empresa comunica que resolveu desistir de levar adiante as refinarias Premium I e II, respectivamente, localizadas no Maranhão e no Ceará, por inviabilidade de projetos. No entanto, as duas já consumiram cerca de R$ 2,7 bilhões. Mas de quem partiu a ideia de construir essas duas refinarias? Lula, é claro…

O papo é este!

Paulo Henrique Abreu – Advogado e jornalista

Fonte: Por Paulo Henrique Abreu – 29/01/2015 – – 11:02:02


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