O receio dos servidores do Hospital de Base e a arte do GDF, fazer malfeito



Ações mal planejadas preocupam profissionais de saúde do DF

Por Kleber karpov

Na última semana o Ministério Público do DF (MPDFT), ajuizou ação civil pública contra a Companhia Urbanizadora da Capital (Novacap) e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram). A ação ter por objetivo cobrar do GDF que corrijam irregularidades no Deck Sul, inaugurado há pouco mais de dois meses, caso de  risco à Saúde Pública.  Documento do MPDFT datado de 29 de junho aponta o descumprimento de licenças ambientais, mau cheiro, água contaminada, erosão e assoreamento do Lago Paranoá.

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Dois meses também foi o tempo necessário para o secretário de Estado de Saúde do DF (SES-DF), Humberto Lucena Pereira da Fonseca, anunciar o fechamento do Pronto Atendimento Infantil (PAI) no Hospital Regional do Gama (HRG). Isso, após o governo fazer ampla propaganda de reabertura do atendimento pediátrico do HRG (2/Mar), depois de o serviço permanecer fechado por seis meses no naquela unidade.

Isso com um agravante. Apenas 48 horas após a reinauguração do PAI no HRG, o próprio Humberto Fonseca, que é médico da família, teve que ‘meter a mão na massa’ para garantir o atendimento de 60 crianças por falta de pediatras na unidade.

Embora inexista co-relação entre os dois casos, isso reforça a teoria da falta de capacidade de gestão por parte do Governo do Distrito Federal e serve de sinal de alerta à um grande ‘empreendimento’ do GDF. A conversão Hospital de Base (HBDF) em Instituto por meio de lei sancionada, na última semana pelo governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB).

A ideia cria um ‘clima de pânico’ entre os servidores da SES-DF. “Será que o Instituto Hospital de Base vai durar mais de dois meses ou acontecerá como no hospital do Gama?”, questionou um servidor que pede sigilo de identidade.

A resposta, caso a Justiça não barre o endosso concedido por parlamentares da base do governo na Câmara Legislativa do DF (CLDF)(20/Jun), sob a ótica da inconstitucionalidade, certamente terá que esperar até, quem sabe, fevereiro de 2018.

Até lá fica outro aspirante a ‘engodo’ na gestão do GDF, sobretudo na Saúde Pública do DF, a sobrecarga do recém lançado atendimento cirúrgico de referência no Hospital Regional de Samambaia (HRSAM), os procedimentos cirúrgicos de hérnia e vesícula.

Isso porque Humberto Fonseca resolveu  desativar os mesmos procedimentos no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Resta saber quantos anos os pacientes que necessitam de tal procedimento cirúrgico devem ter que esperar, uma vez que profissionais de médicos daquela unidade, revoltados com a decisão, denunciam a demanda de cerca de 5 mil cirurgias.

Enquanto isso, a população do DF fica de olho em outra ação considerada equivocada por especialistas, e remoção de água do Lago Paranoá para abastecimento emergencial da população do DF.



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