Caso reforça tese de Justiça ser induzida ao erro e pode ser facilitador de retorno de Celina Leão à presidência da Mesa Diretora da CLDF
Por Kleber Karpov
Matéria publicada no domingo (30/Out) por Notibrás, intitulada ‘Pegaram Sandro errado e Drácon pode ter reviravolta’ aponta um suposto erro por parte da Operação Drácon que pode causar reviravolta nas investigações do Ministério Público do DF e Territórios e da própria Polícia Civil. Isso porque ambos podem ter ‘mirado’ a escopeta para o Sandro errado.
Notibrás aponta que em vez de Sandro Vieira, assessor da presidente, afastada, Celina Leão (PPS), da Câmara Legislativa do DF (CLDF), chegou a ter pedido de prisão pedido por parte do MPDFT além e ser conduzido coercitivamente pela Polícia Civil do DF (PCDF) quando na verdade outro Sandro, de sobrenome Hilário, deveria estar na mira da Justiça.
Nesse caso desperta atenção que o Sandro Hilário, de acordo com Notibrás, que Hilário é apadrinhado, com cargos na CLDF, por ninguém menos que a distrital, Liliane Roriz (PRT), parlamentar que vazou áudios ‘seletivos’ em que se tentou incriminar além de Celina Leão, como os membros da Mesa Diretora, o distrital, Cristiano Araújo (PSD) e alguns servidores da Casa.
A informação surge, no momento em que, após o retorno dos membros da Mesa Diretora e a retenção, por parte do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT). Vale observar que o Tribunal, que se cercou de cuidados, em preservar a imagem institucional da CLDF e também em relação às investigações, pode ter mais um indício de o Judiciário ser induzido ao erro, por falhas graves nas investigações tanto do MPDFT quanto da PCDF.
Nesse caso, vale lembrar que tais falhas, desde a quebra de sigilo das investigações, foram divulgadas pela blogosfera, a exemplo das degravações dos áudios de Liliane Roriz, e até mesmo a falta de menção dos nomes dos deputados supostamente envolvidos em suposto crime de corrupção ligados a empresas de Unidades de Terapias Intensivas (UTIs).
Isso sem levar em consideração o interesse direto do Executivo, que no início da operação, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), foi categórico em tentar desqualificar a Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde (CPI da Saúde do DF). Com efeito prático de ter conseguido desequilibrar as ‘forças’ das investigações, uma vez que parlamentares da base do governo que substituíram os nomes envolvidos, passaram a dar as cartas na CPI.
O caso, se confirmado, conforme mencionado por Notibrás, pode ter a intervenção da Polícia Federal, colocar Liliane Roriz em situação delicada, além de ajudar a reverter a situação de Celina Leão junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). A presidente, afastada da CLDF, é a única membro da Mesa Diretora que não foi reconduzida ao cargo por 11 votos contrários e 9 por força da decisão pleno do TJDFT.