Outubro Rosa reúne associações dos direitos à saúde da mulher na Câmara Legislativa



Em comemoração e apoio ao movimento Outubro Rosa, a Casa realizou solenidade nesta segunda-feira (26) em que participaram integrantes de associações dos direitos à saúde da mulher, pacientes em tratamento contra o câncer de mama e seus familiares, médicos, além de parlamentares ligados à causa.

A autora da proposta e titular da Procuradoria da Mulher, deputada Telma Rufino (PPL), destacou a importância das políticas públicas para o enfrentamento ao câncer. “O diagnóstico precoce é a nossa principal ferramenta de cura”, disse a chefe da mastologia do Hospital de Base, Danielle Cauvano Mendes. De acordo com a médica, 60% das mulheres que chegam ao serviço público já se encontram em estágio avançado da doença, quando é mais difícil o tratamento. “Nossa luta é diária, mas o mês rosa potencializa as ações”, declarou, ao citar que em outubro foram realizados mais de quatrocentos exames de mamografia.

“A mamografia é fundamental”, reforçou a presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Maria Thereza Falcão. “Os parlamentares precisam encampar essa ideia”, afirmou. De acordo com a presidente, a Rede possui uma oficina de prótese mamária que conta apenas com apoio da sociedade de Brasília e nenhuma subvenção governamental. “A  mulher perde a  mama, perde o cabelo, mas não perde a esperança”, disse.

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O deputado Agaciel Maia (PTC), relator do orçamento na Casa, prometeu acatar quaisquer emendas que propiciem o diagnóstico precoce. A deputada federal Érika Kokay (PT) também argumentou pela melhoria das “estruturas e condições de realização dos diagnósticos”, que incluem necessariamente os mamógrafos. “Temos uma força imensa e queremos que essa força se traduza em políticas públicas”, declarou.

Luta

O coral Superação, da Associação Brasileira de Assistência às Pessoas com Câncer (Abrapec), apresentou-se durante a solenidade no auditório. Segundo a coordenadora da Abrapec, Débora Cristina Costa, o coral é formado por “sobreviventes do câncer”. A principal luta da associação atualmente é reduzir a idade indicativa para início da mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), hoje aos 40 anos. “Há mulheres na faixa etária dos 20 anos que são diagnosticadas em estado avançado”, disse.

60 dias

Entre as reinvindicações de ex-pacientes que deram depoimento sobre o enfrentamento à doença, está o início do tratamento das mulheres diagnosticadas com câncer em até 60 dias. A fundadora e presidente da Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília – Recomeçar, Joana Jeker, defendeu o cumprimento imediato da medida. “Eu tive a oportunidade do tratamento e da cura, e a Recomeçar luta para que todos tenham o mesmo direito”, declarou Joana.

Durante este mês, a Recomeçar apresenta a exposição ‘Sempre Mulher’, no Congresso Nacional, que retrata associadas que tiveram a mama reconstruída após a cirurgia de retirada do seio. A reconstrução mamária é uma das principais bandeiras da associação, segundo Jeker.

Fonte: CLDF



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