Outubro Rosa: Secretaria de Saúde do DF pretende atender mais de 1,1 mil mulheres

Campanha Outubro Rosa foi aberta nesta quinta-feira (1º) e contou com inauguração do Salão Rosa, que oferecerá corte de cabelo para pacientes do HB



A Secretaria de Saúde do Distrito Federal estima atender mais de 1,1 mil mulheres com a campanha Outubro Rosa, lançada nesta quinta-feira (1) e que vai se prolongar até o próximo dia 17 no Hospital de Base, no Hospital de Santa Maria e nas seis Unidades de Pronto-Atendimento (Upas) administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF). Como parte da campanha, o Palácio do Buriti (sede do governo) foi iluminado em tons de rosa para lembrar a importância do combate ao câncer de mama.

A campanha, que tem como mote “Juntos nessa causa”, foi lançada pelo secretário de Saúde, Osnei Okumoto, e pelo diretor-presidente do Iges-DF, Paulo Ricardo Silva, em cerimônia prestigiada pelas primeiras-damas do Brasil, Michelle Bolsonaro, e do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha, que também é secretária de Desenvolvimento Social do DF, além da secretária da Mulher, Érika Filippelli.

A campanha tem como público-alvo mulheres entre 50 e 69 anos de idade, conforme preconiza o Ministério da Saúde. Elas serão atendidas no Ônibus da Mulher, disponibilizado pela Secretaria da Mulher do DF. As pacientes serão avaliadas por uma equipe de enfermagem treinada. Caso seja necessário, elas serão encaminhadas para exames de mamografia. As mulheres também vão aprender a fazer autoexame das mamas.

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No lançamento da campanha, foi inaugurado no jardim do Hospital de Base o Salão Rosa Solidário, que oferece gratuitamente corte de cabelo e barba para pacientes e seus acompanhantes. O salão é coordenado pela Rede Feminina de Combate ao Câncer. A comitiva da saúde e as primeiras-damas conheceram o salão, que funciona com profissionais de beleza voluntários.

Papanicolau

O secretário de Saúde ressaltou que o GDF tem trabalhado para melhorar o atendimento às mulheres. “O aumento da oferta de equipamentos para a realização da mamografia fez com que hoje o Distrito Federal seja capaz de realizar esse exame a para todas as pacientes do DF e também do Entorno”, destacou.

Segundo Okumoto, houve também avanço nos exames papanicolau, que cresceram no ano passado. “Só em um mês nós coletamos mais amostras que ao longo de todo o ano de 2019”, comparou. “Quando a gente faz um movimento importante não só para o câncer de mama, mas do colo uterino também, a gente obtém resultados expressivos”, disse.

Voluntários na campanha

A campanha conta com a participação de equipes de médicos e enfermeiros do Iges-DF, além de voluntários da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília. A ação dos voluntários foi elogiada no lançamento da campanha. “Os voluntários fazem um trabalho maravilhoso, não só aqui no Hospital de Base, mas temos uma frente de trabalho com os pacientes com câncer muito importante também lá no Hospital Regional de Taguatinga”, enfatizou Okumoto.

O presidente do Iges-DF também elogiou. “Nos sentimos honrados de inaugurar esse espaço”, afirmou Paulo Ricardo. “Sabemos que, aqui, muitas mulheres que sofrem com o câncer de mama, serão muito bem acolhidas. Agradecemos imensamente às voluntárias. Além disso, com o apoio da Secretaria da Mulher vamos ajudar muitas mulheres”, afirmou.

Michelle Bolsonaro destacou a iniciativa. “Sabemos como o voluntariado é importante nesse segmento da estética da beleza, auxiliando na autoestima da paciente, contribuindo para a sua melhora e o seu bem-estar”, ressaltou. “A união da sociedade em prol desse trabalho voluntário é fundamental para que não só essas pacientes, mas os cidadãos em situação de vulnerabilidade tenham uma vida mais digna. Voluntariado é uma entrega do coração, é um chamado de Deus. A doação de cada um e cada uma de vocês transforma vidas, traz alegria e acalenta aqueles que mais precisam”, falou.

“A doença do século”

Mayara Noronha, por sua vez, lembrou que “o câncer é a doença do século, que tende a crescer ano a ano”, mas salientou que é preciso ter fé. “Nós, seres humanos de fé, sempre acreditamos no poder da cura”, disse, elogiando o trabalho voluntário do Outubro Rosa.

Já a secretária da Mulher, Ericka Filippelli, enfatizou que é fundamental alertar as mulheres sobre o câncer. “Essa é uma causa que descobri depois que perdi minha mãe para o câncer, mas a causa da mulher é muito maior do que eu imaginava”, declarou. “Envolve garantia dos direitos humanos, autonomia econômica, porque muitas mulheres não tiveram a oportunidade de trabalhar, bem como o acesso à saúde”, considerou.

“Nossa história nesse hospital começou há 25 anos e ainda não terminou. O salão veio trazer aos pacientes mais qualidade de vida graças aos nossos voluntários e aos que ajudam a mantê-lo”, finalizou a coordenadora da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Vera Lúcia Bezerra, que representou a presidente da Rede, Maria Thereza Falcão.

Outubro Rosa: A luta contra o câncer

O movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, o Outubro Rosa foi criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. A data é celebrada anualmente com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 17.572 pessoas morreram de câncer de mama em 2018 no Brasil. Para 2020, o Inca estima que 66,2 mil novos casos de câncer de mama sejam registrados no país.

O oncologista clínico do Hospital de Base, Arturo Santana Otaño, informou que o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. Câncer é crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos e podem espalhar-se para outras regiões do corpo.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 17.572 pessoas morreram de câncer de mama em 2018 no Brasil. Para 2020, o Inca estima que 66,2 mil novos casos de câncer de mama sejam registrados no país.
“Quanto mais cedo descobrir e menor for o câncer, maiores são as chances de cura e menos agressivo será o tratamento, que é definido pelo médico de acordo com o perfil do paciente”, explicou. “O tratamento pode ser cirúrgico, quimioterápico, radioterápico ou com hormonioterapia, usados tanto em conjunto ou isoladamente”.

No Hospital de Base, além de todos esses tratamentos, mulheres mastectomizadas também fazem a reconstituição com equipe de cirurgião plástico. Para ter acesso ao serviço, é necessário encaminhamento, que é feito pelas Unidades Básicas de Saúde do DF (UBSs).

Serviço Outubro Rosa

Período: De 1 a 17 de outubro.

Local: Hospital de Base, Hospital Regional de Santa Maria e seis Upas administradas pelo Iges-DF.

Público-alvo: Mulheres de 50 a 69 anos.

Atendimento: Dois ônibus da Secretaria da Mulher se revezarão nos estacionamentos do Hospital de Base, Hospital Regional de Santa Maria e nas UPAs. O atendimento nos dois hospitais deve ser agendado pelo telefone 3550-8900, ramal 9016. Nas seis UPAs, não precisa agendar. O atendimento será feito por meio de senha.

Serviços: Equipes de enfermagem do Iges-DF avaliarão as pacientes, ensinarão autoexame de mamas e, quando necessário, encaminharão as mulheres para exames de mamografia. Equipes da Secretaria da Mulher do DF prestarão acolhimento psicossocial e informações sobre saúde mental e física, além de orientações de combate à violência doméstica de gênero. Monitores do projeto Humanizar entregarão folhetos e adesivos sobre saúde e diretos da mulher.

Salão Rosa – Funciona às segundas, terças e quintas-feiras, das 14h às 16h. O espaço conta com espelho, lavatórios, balcão e máquina para esterilização. O serviço é prestado por profissionais voluntários a pacientes internados e seus acompanhantes. Atualmente, esses serviços são realizados nas enfermarias, que continuarão atendendo àqueles pacientes que não podem se deslocar até o salão.



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FONTEAgência Brasília
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