Para instituto, medida permite conhecer melhor condições de pacientes
Por Kleber Karpov
Uma mensagem que circulou em grupos do aplicativo de mensagem instantânea Whatsapp chamou atenção de usuários. Nela, a Gerência de Emergência do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF), passou a obrigar, desde segunda-feira (13/Jan), que encaminhamentos realizados por unidades Básicas de Saúde (UBSs) e de Pronto Atendimento (UPAs), ao Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), devem obter autorização prévia, por meio de e-mail.
Ainda de acordo com a mensagem divulgada, em caso de encaminhamentos, sem a devida autorização, os pacientes serão obrigados a retornar à unidade para obter a autorização.
Política Distrital (PD), questionou o IGESDF sobre a necessidade de autorização prévia, uma vez que o HRSM, embora sob gestão do Instituto, pertence à Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF) e, consequentemente, é parte integrante do Sistema Único de Saúde (SUS).
Por meio de nota, a Assessoria de Comunicação (ASCOM) do instituto informou que a medida tem por objetivo, conhecer as condições clínicas do paciente, ou “que o mesmo vá até alguma unidade que não lhe dará o atendimento efetivo de acordo com a complexidade de seu caso.”
A ASCOM do IGESDF informou ainda que no caso específico de pacientes provenientes das unidades de saúde do DF, “o fluxo continua o mesmo já utilizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e as regulações são todas seguidas de acordo com o que preconizam as políticas de saúde”.
Ainda segundo o Instituto, pacientes que buscarem atendimento, espontaneamente, diretamente no HRSM, “serão atendidos conforme os protocolos atuais.”.
Confira a nota do IGESDF na íntegra
“Em resposta ao solicitado, informamos que o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) preza, acima de tudo, pela segurança e qualidade no atendimento aos pacientes.
Dessa forma, salientamos que a indicação para o contato prévio antes de transferências entre Estados e inter-hospitalares é imprescindível, justamente, para que nenhum paciente chegue às unidades de saúde sem que se conheçam suas condições clínicas, ou que o mesmo vá até alguma unidade que não lhe dará o atendimento efetivo de acordo com a complexidade de seu caso.
Entre as unidades de saúde do Distrito Federal, o fluxo continua o mesmo já utilizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e as regulações são todas seguidas de acordo com o que preconizam as políticas de saúde.
A informação a que a demanda se refere está equivocada e já foi devidamente esclarecida de maneira a atender corretamente os fluxos vigentes.
Ressaltamos, ainda, que os pacientes que buscarem espontaneamente as unidades do IGESDF serão atendidos conforme os protocolos atuais..”.
Política Distrital (PD), também acionou a ASCOM da SES-DF para questionar se há conivência em relação a autorização, porém, até a publicação da matéria a Pasta não deu retorno.