Nesta quinta (10) e sexta-feira (11 de outubro), os servidores da assistência social do Distrito Federal fazem uma paralisação de 48 horas. O movimento é convocado pelo Sindsasc (Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF), em protesto à precarização do setor. “O GDF e o governo federal agridem o servidor, desmontam o serviço público e retiram direitos da população. Nossa resposta é a união da categoria em luta com o povo”, explica Clayton Avelar, presidente da entidade.
No último dia 3, a diretoria do sindicato se reuniu com representantes das secretarias de Relações Institucionais, de Desenvolvimento Social, de Justiça, e da Mulher. Na pauta estavam o pagamento retroativo da terceira parcela do reajuste concedido à categoria, que não é pago desde que foi concebido por lei, em novembro de 2014, além da exigência de que os benefícios sociais sejam pagos à população em, no máximo, 30 dias, e que as cestas básicas emergenciais sejam entregues em, no máximo, cinco dias.
Para o Sindsasc, a reunião com as secretarias do GDF não surtiu efeito e um diálogo mais eficaz para a resolução das reivindicações foi negado pelo Executivo. O presidente do Sindsasc conclui que a paralisação e a ampliação das mobilizações da categoria é a única alternativa possível diante do quadro de calamidade da assistência social do DF. “O sindicato continua com disposição ao diálogo com o GDF mas, diante de tanta desfaçatez por parte de seus representantes, a começar do governador, não nos resta outra postura”, diz Clayton.
Precarização e calote
Com a precarização da administração dos recursos públicos pela Secretaria de desenvolvimento Social (Sedes), direitos da população que vive em vulnerabilidade social têm sido violados. Nos últimos meses foram registrados atrasos na entrega de benefícios como as cestas básicas emergenciais, Auxílio Vulnerabilidade, Auxílio Natalidade, Auxílio Excepcional e também na liberação de passagens interestaduais à população carente do DF.
O sindicato pontua que, além da utilização ineficiente dos recursos públicos, esse quadro é resultado também do baixo contingente de servidores que atuam na assistência social do DF. O concurso público realizado em março deste ano prevê a contratação de 314 profissionais, mas o quantitativo é insuficiente, segundo o Sindsasc. Para desafogar a assistência social seria necessário contratar todo o cadastro de reserva, de 1.570 novos servidores. Além da falta de servidores, a categoria reclama também do calote do GDF relativo ao pagamento do reajuste reajuste salarial em atraso desde novembro de 2015.
Fonte: Ascom SindSasc