O Ambulatório de Saúde Funcional (ASF) e o futuro Centro de Atenção Materno Infantil (Cami) já ganharam forma na Policlínica do Paranoá, localizada no Hospital da Região Leste (HRL). A área, que estava ocupada por setores administrativos, está em adaptação para se tornar espaço de acolhimento especializado, voltado ao atendimento de adultos em fase de reabilitação física, ginecologia, pré-natal de alto risco e de crianças com necessidade de estimulação precoce em ambientes com adequação sensorial e visual.
Após o término dos serviços de reforma, os profissionais especialistas contarão com 17 salas e um ginásio de fisioterapia, em uma área total de 480 m². Serão beneficiados pacientes que residem no Paranoá, Itapoã, São Sebastião e Jardim Botânico.
Entre as novidades do Cami está a adaptação das salas de atendimento conforme as necessidades dos pacientes. “A criança com síndrome de Down, por exemplo, precisa de um ambiente bem colorido, cheio de brinquedos. Já aquela com Transtorno do Espectro Autista (TEA) responde melhor em um local mais tranquilo e neutro, com menos brinquedos alcançáveis”, explica a diretora de Atenção Secundária da Região Leste de Saúde, Jane Franklin.
No ASF, por sua vez, os profissionais de terapia ocupacional e de fisioterapia, dentre outros, poderão atuar na reabilitação motora de pacientes, inclusive com espaço para futura incorporação de novos equipamentos.
Os serviços atualmente são oferecidos em uma área com menos da metade do tamanho, localizado no segundo andar do HRL. Com a mudança, além da ampliação, também será facilitado o acesso, já que o ASF e o Cami irão funcionar no térreo.
Reformas
As reformas e adequações de espaços do HRL são realizadas por meio do contrato de manutenção predial assinado pela Secretaria de Saúde (SES-DF) em 2022. Ao todo, a pasta fez um investimento de R$ 74 milhões para garantir o funcionamento de 297 unidades. As contratações aceleram serviços como ajustes de instalações de água e energia, pinturas, reparos de pisos, troca de janelas, entre outras necessidades.
No HRL, até o momento, houve a troca das portas dos centros cirúrgico e obstétrico e da sala vermelha da emergência, onde chegam os pacientes críticos. Os novos modelos, feitos de material sintético, são mais leves e facilitam o transporte dos pacientes. Ainda nesta última área, o número de leitos voltados a crianças em estado grave passou de dois para cinco.
“Essa ampliação de leitos permitiu melhor enfrentamento aos períodos de sazonalidade em que várias crianças têm acometimento simultâneo e há aumento exponencial de casos graves”, afirma o superintendente da Região Leste de Saúde, Sidney Sotero. Também estão em fase de reforma da fachada e dos banheiros das enfermarias pediátricas.
O diretor administrativo da Região Leste de Saúde, Fábio Ornelas, destaca as mudanças que passam despercebidas, mas que são relevantes para garantir o funcionamento do hospital. É o caso das calhas para a captação das águas da chuva. “Como estão constantemente expostas às ações climáticas, houve a necessidade de substituição para que as novas suportem adequadamente o volume de água e, assim, evitem infiltrações, vazamentos, danificação de equipamentos e mobiliários”, diz. Nesse rol, estão ainda a modernização das redes elétrica e hidráulica. O próximo passo serão melhorias na cozinha da unidade.
Afora o contrato de manutenção, a SES-DF adquiriu para o HRL 16 aparelhos de ar-condicionado, com recursos provenientes de emenda parlamentar do deputado Jorge Vianna. Outros 30 equipamentos foram distribuídos para unidades básicas de saúde (UBSs) da Região Leste.