“Perto da água, tudo é feliz”



Essa frase, de Guimarães Rosa, fala por si só. Como é bom viver em uma comunidade com a oferta de água potável para consumo, com parques, piscinas naturais, cachoeiras e espaços privilegiados para o lazer. É maravilhoso ter esse contato com a natureza!

No entanto, para que possamos usufruir de forma sustentável desse conforto e bem-estar, precisamos estar atentos às ações que interferem na quantidade e qualidade de água do nosso território. A gestão sustentável dos recursos hídricos, ou seja, da água, é um tema bastante importante e vai muito além do uso consciente e das práticas que visam evitar o desperdício desse precioso recurso.

Cito aqui as considerações feitas pela educadora ambiental da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Karina Bassan. Ela ressalta que “a necessidade das pessoas em relação à água pode ser diferente, em alguma medida, mas há parâmetros médios de consumo que devem ser observados”.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo médio diário de 110 litros de água por indivíduo. Segundo a OMS, essa quantidade é suficiente para garantir a saúde e qualidade de vida. É importante salientar que nesse volume de 110 litros estão incluídos apenas os litros de uso direto, ou seja, o uso em atividades cuja percepção do consumo de água é bastante claro: tomar banho, preparar refeições, dentre outros.

Karina Bassan ainda explica outro conceito importante: o da água invisível. De acordo com ela, existe um consumo de água que não é fácil perceber, chamado de água invisível, que é aquela dispendida para consumo de produtos e serviços, a água utilizada na produção de alimentos, na indústria, no comércio e lazer, por exemplo. E aqui, faço dela as minhas palavras, de que para que façamos a verdadeira gestão sustentável desse recurso, precisamos pensar de forma mais abrangente e sistêmica, repensando também os nossos hábitos de consumo.

Além da preocupação com a disponibilidade do recurso hídrico no território, existe também, e não menos importante, a preocupação com a qualidade desse recurso. Garantir o acesso à água potável para as gerações presentes e futuras é a principal tarefa da Caesb. Ainda assim, não é a única.

Além de cuidar da coleta e do tratamento do esgoto do Distrito Federal, a Caesb desenvolve ações relacionadas à proteção de mananciais garantindo que a água esteja disponível em padrões que favoreçam o tratamento e sua distribuição. Essas ações envolvem até mesmo o plantio de árvores e podem ocorrer em parceria com outras instituições públicas e privadas do DF.

O Ano Novo nos convida a novos hábitos. Que tal aproveitar 2022 para refletir sobre os seus hábitos de consumo, principalmente no que diz respeito à água, esse recurso tão essencial à vida?



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