Pessoas em situação de vulnerabilidade no DF fazem teste para identificar tuberculose

Ação de Busca Ativa visa identificar casos da doença, que é grave e comum neste público



Por Jurana Lopes

As pessoas em situação de vulnerabilidade social que estão abrigadas no Instituto Tocar, em Planaltina, receberam, nesta sexta-feira (7) uma ação de busca ativa de novos casos de tuberculose. A ação foi promovida pela Gerência de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável e Programas Especiais (Gaspvp) em parceria com a Gerência de Normalização de Serviços da Atenção Primária à Saúde (Gensaps), o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) e estudantes de Medicina da ESCS e do CEUB.

O objetivo é identificar, notificar e tratar os novos casos da doença, principalmente neste público, em tempos de pandemia. A maior importância dessa ação de busca ativa é detectar casos novos de tuberculose, sem esperar o paciente procurar o atendimento.

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“Como os serviços estão focados e voltados para a pandemia de Covid-19, existem casos sub-notificados da doença, principalmente em pessoas em situação de vulnerabilidade, o que não pode acontecer. A tuberculose continua sendo uma doença grave”, explica Ubirajara Picanço, médico lotado na Coordenação de Atenção Primária em Saúde (Coaps) e professor do curso de Medicina da ESCS e do CEUB.

De acordo com o médico, a tuberculose, além de infecções sexualmente transmissíveis, HIV, diabetes, lúpus e tabagismo são comorbidades de risco para a Covid-19. Sendo o HIV e a utilização de drogas riscos acentuados para a tuberculose.

A busca ativa voltada para pessoas em situação de vulnerabilidade no DF em tempos de pandemia ocorreram nas unidades de acolhimento localizadas em Taguatinga, Ceilândia, São Sebastião, Planaltina, no alojamento provisório do Abadião e a Comunidade Fale Assistência Lucas Evangelista (FALE), no Recanto das Emas, totalizando 15 ações. Ao todo serão realizadas 16 ações.

“Nas ações, os profissionais fazem intervenções educativas, visando informar sobre a tuberculose, assim como é feita a coleta de material para o teste rápido molecular para tuberculose, com intuito de identificar casos ativos, além de dar outras orientações sobre o contágio e os contactantes da tuberculose”, informa Denise OCampos, gerente de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável e Programas Especiais.

Na ação desta sexta, 35 pessoas abrigadas no Instituto Tocar tiveram a oportunidade de se informar mais sobre a tuberculose, tirar dúvidas e fazer o teste, que coleta uma amostra de escarro do paciente, onde são encaminhadas e processadas no Lacen-DF. O resultado do exame sai em cerca de 2h30.

Se alguma das amostras der positivo, a UBS responsável pela área do Instituto Tocar será informada e terá a responsabilidade de enviar um profissional para iniciar o acompanhamento ao tratamento contra a doença, que dura seis meses.

“Não podemos negligenciar os casos de tuberculose, pois é uma doença contagiosa e que necessita de tratamento e acompanhamento. Das 15 ações de busca ativa que realizamos, quatro casos foram confirmados”, destaca Ubirajara.



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FONTEAgência Saúde DF
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