PGR pede ao STF investigação de Bolsonaro por atos antidemocráticos

Segundo PRG compartilhamento de vídeo contra legitimidade do sistema eleitoral e das urnas eletrônicas, após atos de vandalismo de bolsonaristas, ex-presidente incitou crime



Por Kleber Karpov 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a inclusão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito que investiga a instigação e autoria intelectual dos atos antidemocráticos (8/Jan) que resultaram nos atos terroristas, contras as instituições da República, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Para promotores do Ministério Público Federal (MPF), ao publicar nas redes sociais, em 10 de janeiro, ao publicar um  um vídeo em que o procurador do Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MPMS), Felipe Gimenez que questionava o resultado das eleições,  Bolsonaro incorreu em incitação pública à prática de crime. Ainda que tal postagem fosse apagada posteriormente, após ser amplamente compartilhada por seguidores.

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Na representação, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, ressaltou que tais condutas, por parte de Bolsonaro, devem ser investigadas.

“Não se nega a existência de conexão probatória entre os fatos contidos na representação e o objeto deste inquérito, mais amplo em extensão. Por tal motivo, justifica-se a apuração global dos atos praticados antes e depois de 8 de janeiro de 2023 pelo representado”, afirmou.

Incitação Pública

Reprodução/Facebook Bolsonaro

No vídeo publicado por Bolsonaro, Gimenez, que afirma não ter contato com o ex-presidente, além de questionar o sistema eleitoral, o vídeo vem com legenda que “Lula não foi eleito pelo povo e ele foi escolhido e eleito pelo STF e TSE pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral”.

Além de o procurador do MPMS sugerir a intervenção por parte das Forças Armadas ao “sistema político” brasileiro e criticar ministros do STF

Importante observar que o Gimenez, nega ter publicado tal vídeo, gravado durante entrevista a uma rádio e acusa o uso da gravação, por estar fora de contexto.

“Eu não publiquei o vídeo. Fui entrevistado por uma rádio da minha cidade e, de fato, eu fiz aquela afirmação. Mas tem um contexto.”, afirma.



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