Placar do impeachment: 48 são a favor do afastamento de Dilma



Governo Dilma tem só 20 votos no Senado; 48 são pró-impeachment

O Palácio do Planalto terá trabalho para reverter no Senado a ampla desvantagem que tem hoje e evitar a aprovação do impeachment da presidente Dilma. O Placar do Impeachment, elaborado pelo jornal O Estado de S. Paulo, aponta que além de já haver número mínimo de votos necessários à abertura do processo, há também tendência de que a oposição conseguirá antes mesmo do julgamento do mérito, os 2/3 dos votos no plenário do Senado, efetivando o afastamento.

Ao todo, 48 senadores são favoráveis ao impeachment, sete a mais que os 41 necessários para a abertura do processo na votação que deve acontecer em maio. Se aprovada a abertura, Dilma é afastada por 180 dias enquanto corre o processo.

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Este número, no entanto, não é suficiente para aprovar o mérito do impeachment, após o afastamento da presidente. Na votação que deverá acontecer em setembro, segundo o presidente do Senado, são necessários 54 parlamentares a favor. Vinte senadores declararam voto pelo arquivamento do processo, segundo o placar.

Acontece que o Placar do Impeachment aponta um universo de 15 senadores cujos votos são desconhecidos publicamente. Cinco deles se dizem indecisos e outros 10 não quiseram responder. Neste grupo, são considerados votos certos a favor do impeachment os senadores Zezé Perrela (PTB-MG) e Fernando Collor de Mello (PTC-AL). Entre que se dizem indecisos ou não declaram posicionamento há sete senadores do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer. Entre eles o presidente da Comissão Especial do Impeachment, Raimundo Lira (PB) que declarou voto a favor do afastamento da presidente. Se todos os peemedebistas desse grupo votarem a favor, o número de senadores favoráveis ao impedimento sobe para 53 – um a amenos que o necessário para o afastamento. Além disso, há um senador do PP, partido que na Câmara fechou questão pelo impeachment, e dois do PTB, sigla que orientou a bancada a votar pelo impeachment.

O governo dá como certa a aprovação da admissibilidade em maio e aposta todas as fichas para garantir ao menos 27 votos para derrubar o processo após 180 dias de governo provisório de Michel Temer. A expectativa é que não haja traições como ocorreram na votação na semana passada. Nas contas do Planalto, serão 28 votos os votos contra o impeachment – o que daria um resultado apertadíssimo pró-governo. (Com informações da agência Estado)

Fonte: Diário do Poder

 

 



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