PMDF: Policiais em formação recebem aulas de direitos humanos e cidadania

Desde a entrada e durante todo o período de atuação na corporação, os policiais passam por treinamentos e especializações que têm a temática direitos humanos como pré-requisito



Por Josiane Borges

A proteção dos direitos da pessoa humana está presente na missão, na visão e nos valores da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Além do combate à criminalidade, a PMDF trata diretamente com múltiplas ocorrências, como o auxílio durante um parto ou o engasgo de um bebê.

“Nossos policiais são submetidos e orientados a garantir os direitos individuais do cidadão durante toda a execução de sua atividade-fim. Por exemplo, uma abordagem mal-feita pode gerar problemas sérios tanto para quem faz a abordagem quanto para quem passa pelo procedimento, pois é algo constrangedor, a pessoa sempre vai achar que estamos ferindo o direito individual dela. Mas nós, como Estado, temos o direito legal para fazê-la, sempre garantindo a dignidade e a preservação da pessoa”, afirma o coronel Rodrigo Moreira, chefe do Departamento de Educação e Cultura da PMDF.

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e acordo com a PMDF, os treinamentos iniciam já na formação, quando os praças estão sendo preparados para se tornarem policiais. Eles passam por um intenso treinamento de oito meses. No período, são ministradas mais de 30 disciplinas, entre elas direitos humanos, cidadania, primeiros socorros, legislação, policiamento comunitário, defesa pessoal, armamento, munição e tiro, abordagem policial, policiamento ostensivo, entre outras.

“Recebemos pessoas que são oriundas de todos os segmentos de formação, eles chegam aqui e temos que nivelar o conhecimento. O curso dura oito meses, em horário integral, todos os dias da semana. E a nossa missão é forjar bons policiais, então eles são submetidos a vários treinamentos para se tornar capazes de atuarem nas ruas em defesa da população”, conta o coronel Rodrigo Moreira.

Curso de formação orienta sobre abordagem policial. “Uma abordagem mal-feita pode gerar problemas sérios tanto para quem faz a abordagem quanto para quem passa pelo procedimento”, diz o coronel Rodrigo Moreira

O comandante da Escola de Formação de Praças, major Borges Santos, enfatiza que o treinamento tem sempre como objetivo entregar para sociedade o melhor policial, aquele capaz de tomar a decisão correta de acordo com a lei. “O militar que sair da nossa escola vai atender a sociedade da melhor maneira possível. Ele é preparado para lidar com as diversas ocorrências e recebe conhecimento jurídico e tático. Pretendemos levar para a sociedade um policial que vai aplicar a lei e que vai saber tomar a decisão correta no momento certo. Eles saem do curso preparatório convictos que são a solução dos problemas, e nunca o problema”, declara.

Atualmente 40 praças remanescentes do último concurso para soldado da PMDF, realizado em 2018, estão participando do curso de formação. Entre eles está o futuro soldado Kennedy Mota, 30, que tem na corporação a realização de um sonho. Ele acredita que após o curso estará preparado para enfrentar os desafios da profissão.

“Estamos aprendendo as melhores táticas e abordagens e sempre resguardando o direito do cidadão, a dignidade da pessoa humana, uma polícia próxima do cidadão, o que desmistifica a face de uma polícia opressora. E sim, de uma polícia técnica. Espero sair bem preparado para desempenhar as minhas funções próximo da população e na defesa do DF”, comenta.

Especialização continuada

“Hoje a corporação dá as condições e, além disso, incentivamos que o policial faça as especializações. Inclusive, a temática direitos humanos é pré-requisito para que os militares participem dos cursos de formação”, afirma o coronel Rodrigo Moreira

Hoje a PMDF conta com 15 espaços de formação que oferecem cursos de especialização e treinamento operacional para os mais de 10 mil policiais que integram a corporação. “Nossa formação não termina nesse curso de ingresso. Continuamos estudando e levamos a formação a sério, tanto que temos um departamento exclusivo, um plano anual de ensino. Hoje, ofertamos 1.040 vagas nos cursos de especialização, e ainda oferecemos mais 50 cursos de especialização de amplo acesso”, completa o coronel Rodrigo Moreira.

A atualização profissional é frequente na carreira dos policiais. Há 27 anos na corporação, o primeiro-sargento Jacinvaldo da Costa está novamente em sala de aula em busca de aperfeiçoamento. “Já fiz vários cursos de especialização ao longo da minha carreira, para especialização e nivelamento da corporação. Além disso, acontecem as mudanças na legislação e normativos e precisamos nos atualizar, com o foco sempre no aperfeiçoamento dos policiais para atuar nas suas praças e junto à comunidade”, diz.

Assim como o sargento, mais de 500 policiais também estão passando por uma atualização profissional no Centro de Formação, todos com mais de 27 anos de corporação.

“Hoje a corporação dá as condições e, além disso, incentivamos que o policial faça as especializações. Inclusive, a temática direitos humanos é pré-requisito para que os militares participem dos cursos de formação. Os desvios de conduta infelizmente ocorrem, e ocorrendo, temos o nosso departamento de correção e o nosso departamento de ensino para atuar na preparação desse policial para que ele esteja sempre apto a agir de forma correta”, conclui o chefe do Departamento de Educação e Cultura da PMDF.



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FONTEAgência Brasília
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