Polícia Federal indicia Pablo Marçal por uso de documento falso

Coach responsabilizou equipe por publicar laudo falso utilizado para tentar vincular Guilherme Boulos, em suposto uso de cocaína, dois dias antes das eleições do primeiro turno à prefeitura de SP



Por Kleber Karpov

A Polícia Federal (PF) indiciou nesta sexta-feira (8/Nov), Pablo Marçal (PRTB), por utilizar documento falso, enquanto candidato a campanha à prefeitura de São Paulo (SP). Marçal apresentou um laudo falso contra o oponente Guilherme Boulos (PSOL) em 4 de outubro, dois dias antes das eleições em primeiro turno.

Em depoimento, com duração de 3 horas, na Superintendência da PF, na Lapa, situado na Zona Oeste de SP, Marçal negou ter envolvimento com o episódio e atribuiu a postagem do laudo falso que acusou Guilherme Boulos (PSOL) de usar cocaína. O coach responsabilizou a equipe pela disponibilização do documento, que se comprovou ser forjado.

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Com o indiciamento, a PF deve encaminhar o inquérito ao Ministério Público que pode ou não oferecer denúncia à Justiça, que se aceita por pelo juíz, Marçal passa a condição de réu em um processo criminal.

Entenda o caso

Em 4 de outubro, Marçal acusou Boulos de fazer uso de cocaína. Após denunciado, três dias depois a PF chegou a conclusão que a assinatura do médico, no documento, era falsificada. Constatação essa que se deu após confrontar a assinatura do documento com diversas  utilizadas pelo médico José Roberto de Souza, CRM 17064-SP, que aparece como o responsável pelo suposto documento.

Após a divulgação de Marçal, a filha de Souza, oftamologista Aline Garcia Souza, além de negar a autenticidade da assinatura, também indicou que o pai, especialista em hematologia além de nunca ter trabalhado em São Paulo, também não emitiria um laudo psiquiátrica, por ser de outra área de atuação.

“Nunca atuou nessa clínica. Meu pai trabalhava e atuava em Campinas. Ele morou lá a vida inteira. Ele era formado pela Unicamp e desde então atuou lá. Não tinha clínica em São Paulo. Eu fiquei sem entender nada, fui pega de surpresa. Fui comunicada pela babá das crianças [filhos] que tinha Polícia Civil me procurando com investigadora para abordar essa questão de falsificação de documento com nome do meu pai”, afirmou Aline ao mostrar a tatuagem na região da costela, onde tem a assinatura do pai, feita em 2023, um ano após completada a morte do pai.

Tatuagem mostra assinatura do pai de Aline Garcia, o médico José Roberto de Souza — Foto: TV Globo/Reprodução
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.


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