Policiais civis do DF decidem suspender parte do serviço em fevereiro

A categoria de policiais civis pressiona o governador do Distrito Federal para dar mais agilidade ao reajuste salarial reivindicado



Em campanha para pressionar o governador Ibaneis Rocha (MDB) a agilizar o reajuste salarial da categoria, policiais civis do Distrito Federal vão suspender parte do serviço nas unidades da corporação durante todo o mês de fevereiro de 2022.

Em novembro de 2021, os servidores anunciaram a paralisação do Serviço Voluntário Gratificado (SVG) por quatro dias. Mas a categoria decidiu, em assembleia do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF) realizada nesta segunda-feira (3/1), ampliar a suspensão para todo o mês.

O SVG foi criado durante o governo de Ibaneis para ampliar o atendimento nas unidades da Polícia Civil do DF (PCDF) e garantir que as delegacias abrissem 24 horas. Segundo o Sinpol-DF, na prática, a suspensão da gratificação “significa que haverá uma paralisação no atendimento das delegacias”.

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“Atualmente, as delegacias só funcionam em horário integral, ou seja, por 24 horas, graças ao SVG, implantado pelo governador logo no início do mandato”, disse.

Durante a assembleia, os policiais civis também aprovaram o indicativo de entrega de cargos de chefia de unidades da corporação. Eles também ameaçam deflagrar a Operação PCDF Legal, o que diminuiria o ritmo de trabalho na corporação.

Presidente do Sinpol-DF, Alex Galvão disse que o sindicato participou de reuniões com a equipe econômica do GDF, “mas os números levantados no orçamento não atendem ao que almejamos”.

Além de aumento salarial, os policiais reivindicam regulamentação do plano de saúde da PCDF e a complementação do auxílio-alimentação.

O outro lado

Na entrevista concedida ao Metrópoles na qual fez um balanço dos três anos de mandato e falou das expectativas para 2022, Ibaneis afirmou que sua equipe faz os cálculos para conceder o reajuste aos policiais.

O tema será discutido em conjunto com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), já que os policiais são pagos com recursos da União, por meio do Fundo Constitucional do DF.

“Nós estamos vendo a folga que temos dentro do Fundo Constitucional sem avançar dentro dos percentuais da saúde e da educação para que a gente possa, em negociação com a Presidência da República, ver até quanto nós conseguimos levar esse reajuste. Existe intenção. É uma categoria que durante vários anos ficou sem recomposição salarial”, disse Ibaneis.

Veja o trecho da entrevista em que Ibaneis Rocha fala de reajuste salarial de servidores:



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FONTEMetropoles
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