21.5 C
Brasília
10 abr 2025 22:39

Polícias Civil e Militar apuram possíveis abusos em abordagem a adolescentes negros no Rio

Jovens são filhos de diplomatas e faziam turismo na cidade

Por Vitor Abdala

As polícias Civil e Militar estão investigando se houve excessos na abordagem feita por policiais militares a três adolescentes negros na porta de um prédio, em Ipanema, zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Rhaiana Rondon, mãe do menino branco que estava junto com os três, acusa os policiais de terem feito uma “abordagem desproporcional”, racial e criminosa”.

Texto escrito por Rhaiana foi divulgado pelo cunhado dela, o jornalista Guga Noblat, que é tio do menino branco, em suas redes sociais. Segundo o relato de Rhaiana, os três adolescentes negros, amigos de seu filho, são filhos de diplomatas do Canadá, Gabão e Burkina Faso.

Um vídeo mostra os policiais chegando com armas em punho e colocando os adolescentes contra a parede. De acordo com Rhaiana, os quatro foram deixar um amigo na porta de casa, na Rua Prudente de Moraes, quando foram abruptamente abordados por PMs “armados com fuzis e pistolas” que “sem perguntar nada, encostaram os meninos (menores de idade) no muro do condomínio”.

No relato de Rhaiana, publicado por Noblat, os adolescentes negros são estrangeiros e não entenderam o que os policiais disseram, por isso não conseguiram responder às perguntas. Depois que o filho dela explicou que eles eram de Brasília e estavam a turismo, os policiais perceberam o erro, segundo ela, e liberaram os meninos, alertando para que eles não andassem na rua novamente, para evitar novas abordagens.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar afirmou que os policiais envolvidos na ação portavam câmeras corporais e que as imagens serão analisadas para constatar se houve algum excesso por parte dos agentes.

“Em todos os cursos de formação, a Secretaria de Estado de Polícia Militar insere nas grades curriculares como prioridade absoluta disciplinas como Direitos Humanos, Ética, Direito Constitucional e Leis Especiais para as praças e oficiais que integram o efetivo da Corporação”, diz nota divulgada pela PM.

A Polícia Civil informou que depois da veiculação de notícias sobre o ocorrido, a Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) iniciou uma investigação. Agentes buscarão ouvir os adolescentes abordados.

Destaques

Bronquiolite é a principal causa de internação por infecção respiratória em menores de 1 ano

Com a chegada das estações mais frias, os atendimentos...

Saúde na Polícia Militar ganha reforço com formação de aspirantes especialistas na área

Por Ana Paula Siqueira A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF)...

Campanha Páscoa Solidária distribui cestas básicas e chocolates a crianças no COP Parque da Vaquejada

Por Adriana Izel A campanha Páscoa Solidária está de volta. Promovida...

Cerca de 150 profissionais voluntários reforçam atendimento no Gama e em Santa Maria

Por Karinne Viana As regiões do Gama e de Santa...

Profissionais de saúde debatem implementação de Rede de Vigilância Epidemiológica Hospitalar

Por Larissa Lustoza Cerca de 40 profissionais de saúde do...