População poderá verificar identificação dos entrevistadores da PDAD

Sistema de validação confirma dados do agente de coleta do IPEDF por meio de um QR Code e garante a segurança dos cidadãos que participam da pesquisa



Os entrevistadores que captam as informações da população do Distrito Federal e do Entorno para a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios Ampliada (Pdad-A) 2023 já estão em campo. Entre 13 e 17 de outubro, os agentes atuaram na etapa-piloto, em que o questionário foi aplicado em formato de teste. A partir de segunda-feira (6), eles iniciam as visitas às residências para efetivamente iniciar a extração de dados destinados à pesquisa.

Com o objetivo de garantir a segurança dos moradores das casas sorteadas para participar da pesquisa, o Governo do Distrito Federal (GDF) criou um sistema que permite a confirmação da identificação do agente de coleta. É o Valida Pesquisador, que pode ser acessado pelo site do IPEDF, e é destinado à conferência da identidade do entrevistador.

“Desenvolvemos um aplicativo e uma página web que permite ao cidadão conferir os pesquisadores. Esse mecanismo de segurança tem sido testado desde setembro e é uma novidade para a pesquisa de 2023”, afirma o coordenador substituto de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), Rodrigo Santana.

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Os dados do pesquisador podem ser acessados por um QR Code disponível no crachá | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília

A página pode ser acessada diretamente pelo site ou por meio do QR Code presente no crachá de todos os agentes de coleta a serviço do IPEDF. Assim será possível ter acesso aos seguintes dados do pesquisador: nome, matrícula, empresa e pesquisa para qual o agente está associado.

Quem optar por validar acessando o site deve incluir o número da matrícula disponível no crachá do pesquisador e clicar em validar. Já quem preferir pelo QR Code deve apontar a câmera do celular para o código disponível no crachá do agente. A leitura direciona para a tela de validação com os dados do entrevistador.

Em ambos os casos, quando não aparecem as informações do pesquisador, o agente não é validado pelo instituto; assim, o cidadão não deve prosseguir no atendimento.

Segurança dos dados

“A ideia é que as pessoas possam mostrar o que elas precisam para que o GDF possa atender da melhor maneira”Rodrigo Santana, coordenador substituto de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF

As informações captadas pelos pesquisadores são exclusivas para a Pdad-A 2023 e seus estudos complementares – os dados serão utilizados apenas em contexto amostral. O sigilo é plenamente garantido conforme a Lei Geral de Dados, prevista na lei nº 13.709/2018. Também não há coleta de dados bancários e nem pessoais, como os números de CPF, RG ou de CNH.

Todos os domicílios sorteados para participar da nova edição receberão uma carta explicativa sobre a pesquisa e a importância de contribuir com as informações que serão utilizadas pelo GDF para a formulação de políticas públicas e melhor investimento de recursos públicos.

“Temos um cuidado muito forte com o sigilo estatístico. Nenhuma resposta está vinculada a informações pessoais. Os dados do aplicativo são criptografados. É muito importante a abertura de portas da população para ajudar a identificar o perfil e as necessidades de cada RA e cada grupo. A ideia é que as pessoas possam mostrar o que elas precisam para que o GDF possa atender da melhor maneira”, completa Santana.

Bruna Danielle: “As pessoas não precisam ter medo de estar respondendo esse tipo de pesquisa, porque não coletamos dados pessoais, e é para melhorar a infraestrutura da cidade em que elas estão vivendo”

A agente de coleta Bruna Danielle Leal Soares, que esteve nas ruas durante a etapa piloto e estará nas entrevistas consolidadas, explica como funciona a abordagem. “Geralmente nos identificamos e estamos sempre de uniforme e crachá. Pelo crachá, o cidadão consegue verificar a nossa identificação no site do IPEDF”, aponta. “As pessoas não precisam ter medo de estar respondendo esse tipo de pesquisa, porque não coletamos dados pessoais, e é para melhorar a infraestrutura da cidade em que elas estão vivendo”.

Moradora do Núcleo Bandeirante, a estudante Rafaela de Sousa, 18 anos, foi uma das entrevistadas na etapa de testes e diz ter gostado da experiência. “É supertranquilo, principalmente porque a entrevistadora está identificada e não corre risco de ser alguém aleatório na sua casa. São pessoas sérias, atrás de informações sérias”, avalia.

Para ela, a pesquisa se mostrou bastante relevante. “É sempre importante que todo mundo tenha noção de como está a vivência em determinadas regiões administrativas e cidades. Gosto de poder contribuir para que haja melhorias, porque elas são necessárias”, complementa.

Pesquisa ampliada

Setenta e cinco agentes de coleta estarão em campo, a partir deste mês, em um período de quatro a seis meses, para mapear o perfil socioeconômico a ser publicado na pesquisa. A meta é visitar 25 mil domicílios que gerarão informações para representar a população do Distrito Federal.

Realizada pelo IPEDF, a Pdad Ampliada coleta informações diretamente nas casas dos moradores com o objetivo de conhecer as características da população, do domicílio, bem como dados sobre trabalho, renda e outros aspectos relevantes.

Neste ano, a área de cobertura abrange 35 regiões administrativas do DF e 12 municípios goianos: Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Padre Bernardo, Planaltina de Goiás, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás.



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FONTEAgência Brasília
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