Por falta de roupa de cama, hospital de Ceilândia, no DF, cancela cirurgias



Pacientes dizem ter de deitar no chão ou levar lençóis de casa para hospital
Secretaria diz que unidades receberão roupa de cama na próxima semana

Cirurgias do Hospital Regional de Ceilândia, no Distrito Federal, tiveram de ser canceladas por falta de roupas de cama. Pacientes dizem ter de levar lençóis de casa ou ficar deitados em colchões sem forro. A Secretaria de Saúde diz que os hospitais começarão a receber as roupas de cama na próxima semana.

Um vídeo obtido pela TV Globo mostra pacientes deitados em macas sem lençol no pronto socorro do hospital. O marido da dona de casa Maria de Fátima de Oliveira está internado há 20 dias esperando uma cirurgia no tornozelo. Nesse período, teve de levar de casa a roupa de cama que usa no hospital.

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Segundo os pacientes, os médicos relatam que também faltam kits cirúrgicos – que inclui roupas e aventais usados por médicos e enfermeiros. De acordo com a secretaria, não foram comprados kits no ano passado porque nenhuma empresa se interessou em participar da licitação por conta da alta do dólar.

No dia 14 de julho, a secretaria anulou uma nota de empenho para compra de material médico-hospitalar. O motivo era a falta de espaço no almoxarifado central. Segundo o subsecretário de Logística e Infraestrutura da Secretaria de Saúde, Marcello Nóbrega, foi feita uma nota de empenho para entrega de uma quantidade menor de material.

“Ela [a nota para a compra] tinha uma quantidade superior à nossa necessidade e reavaliamos e fizemos uma nova nota de empenho com valor a ser entregue à secretaria”, afirmou. “Ela abastece toda a rede.”

Improviso
No início do mês, a falta de lençóis no Hospital Regional de Brazlândia levou funcionários a cobrir macas com roupas descartáveis que deveriam ser usadas somente por médicos. A situação foi flagrada na sala de pronto-socorro por uma mulher que acompanhava o marido.

“Olha aí forrando as macas com os uniformes dos funcionários, com os capotes pra eles trabalharem, porque não tem lençol. Olha aqui a situação”, diz. “Médico que é o principal, muito difícil. [Só há] Um médico, que é o principal, pra cem pacientes internados.”

Em nota, a Secretaria de Saúde admitiu o problema e informou que providenciou a compra de novos lençóis. Enquanto não chegam, a direção do hospital vai remanejar o material de outras unidades, afirmou a pasta. De acordo com a secretaria, havia 11 médicos de plantão no local no momento da gravação, no domingo.

Fonte: G1



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