Presidente do Sindical faz balanço do 1 º semestre de sua gestão



Jeizon Silvério assumiu a presidência do Sindical (Sindicato dos servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas do Distrito Federal) no início do ano, depois de sua chapa vencer as eleições do final do ano passado com 70% dos votos válidos

Jovem, advogado, consultor legislativo e professor universitário com sólida formação acadêmica. Ninguém imagina alguém com esse perfil como dirigente sindical. Os tempos estão realmente mudados. O novo presidente do Sindical – um sindicato de muita tradição no contexto político local – é, certamente, um sinal desses novos tempos.

Se no passado, para ser dirigente sindical, exigia-se um perfil de barba por fazer, camiseta folgada, calça jeans e pertencimento “às classes operárias”, a maioria dos servidores de CLDF e TCDF optaram por outro estilo: barba bem feita, terno bem cortado e ocupante de um dos cargos mais desejados da administração pública.

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O primeiro semestre da gestão foi marcado por questões pontuais diversas do interesse da categoria que o Sindical representa, mas, também, de avanços na cultura do diálogo. “Existem alguns cacoetes do discurso sindical que precisam ser questionados, um deles é de que combatividade se confunde com intransigência. Sem diálogo, ainda mais em momentos de crise, não vejo chance de avanços”, complementa o dirigente.

Entre os maiores avanços citados, estão a mobilização dos servidores do Distrito Federal e articulação do Sindical com outras entidades sindicais contra o PLP nº 257/2016. A mobilização dos servidores de todo o país foi providencial e o Sindical foi ator protagonista nas discussões na Câmara dos Deputados.

Além disso, o Sindical conseguiu um compromisso oficial da deputada Celina Leão (Presidente da CLDF) de autorização e consequente realização de concurso público naquela casa legislativa. “A Câmara Legislativa passa por um sucateamento progressivo de seus quadros. O último concurso data do ano de 2005, ou seja, há onze anos. Precisamos, minimamente, repor os setores mais sofridos da Casa”, arremata Jeizon.

Ademais, caminha a passos largos uma unificação de tabelas de vencimentos dos servidores da CLDF e do TCDF. “Servidores do TCDF se dizem injustiçados. Servidores da CLDF também. Defendemos a isonomia entre os servidores das duas Casas. Vamos acabar, de uma vez por todas, com esses questionamentos, o presidente do TCDF, Renato Rainha, se diz entusiasta da medida. E, realmente, trata-se de ação de baixíssimo impacto financeiro e de muito efeito simbólico. O sentimento de injustiça prejudica sobremaneira o desenvolvimento funcional do servidor”, diz o sindicalista.

Só o tempo dirá se a nova maneira de atuar será aprovada pelos servidores públicos de CLDF e TCDF, acostumados, ainda, ao estilo panfletário do passado. Mas não há dúvidas de que o sindicalismo do Distrito Federal pode estar diante de uma pequena revolução.

Fonte: Ascom Sindical



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