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22 nov 2024 04:59


Presidente do SindMédico-DF responde provocação de Rollemberg

“Se tivesse apostado em trabalho em vez de discurso, talvez não precisasse procurar um bode expiatório para sua gestão desastrosa.”, afirma Fialho.

Por Kleber Karpov

Por meio de uma Nota de Repúdio publicada no jornal Correio Braziliense desta quinta-feira (6/Jul), o presidente do Sindicato dos Médicos do DF (SINDMÉDICO-DF), Gutemberg Fialho, respondeu à provocação do governador do DF, o socialista, Rodrigo Rollemberg (PSB) há cerca de 20 dias.

Na ocasião, Rollemberg  acusou Fialho de ganhar dinheiro, sem trabalhar na rede pública para presidir o SINDMÉDICO além de responsabilizar aos sindicalistas à privatização da Saúde. O episódio ocorreu durante um evento em Ceilândia ocasião em que o chefe do Executivo resolveu atacar os representantes das entidades sindicais para defender a aprovação do então Projeto de Lei 1.486/2017, que institui o instituto Hospital de Base do DF (IHBDF). O PL do IHBDF foi votado e aprovado pela base governista, na Câmara Legislativa do DF (CLDF), na semana seguinte.

Na Nota de Repúdio, Fialho rebateu a crítica e lembrou a vida fácil de Rollemberg, que sequer se submeteu à concurso público para conseguir emprego no Senado Federal. O sindicalista aproveitou para relembrar uma ‘time-line’, ao longo dos dois anos e meio de governo, que varia entre falta de gestão, perseguição ao funcionalismo público, instabilidade do Instituto de Previdência dos Servidores do DF (IPREV) e até o aumento do índice de mortes evitáveis na Saúde do DF.

Confira a nota:

Nota de esclarecimento
As recentes declarações do governador Rodrigo Rollemberg sobre o que ele pensa a respeito os sindicatos dos servidores da Saúde Pública do Distrito Federal revelam a visão de alguém que teve uma vida fácil, ganhou tudo de mão beijada e não fez esforço sequer para se submeter a um concurso público para conseguir um emprego no Senado Federal.
Nisso a trajetória do governador é oposta à dos sindicalistas que tanto critica. Eles são concursados, constroem uma trajetória e reputação profissional e são eleitos pelos seus pares em função dessa reputação. Sindicalistas trabalham em prol de numerosas categorias profissionais e com proveito à sociedade por lutar por melhorias no serviço público. Trabalham muito, tanto que incomodam o governador. Não carregam a fama de preguiçosos.
A postura agressiva e os ataques do governador aos trabalhadores do Estado são parte do que justifica a crítica dos sindicatos em relação à atual gestão. Não há respeito às leis e acordos trabalhistas e as condições para desempenho das atividades são cada dia piores. Nunca se teve que recorrer tanto à Justiça por questões que deveriam ser resolvidas na esfera administrativa, caso não estivesse em curso uma política de perseguição e desvalorização do trabalhador.
O atual governo tem repetido erros como o loteamento de cargos para fins eleitorais e feito malabarismos questionáveis na aplicação de recursos públicos. Colocou em risco a saúde financeira do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal e, com isso, Brasília pode ser privada de repasses de verbas federais. O governo Rollemberg também não garante condições para funcionamento adequado da Saúde, da Segurança, da Educação e de diversas outras áreas do serviço público.
Na saúde, por exemplo, vemos crescer assustadoramente o número de mortes que ocorrem nos hospitais, como se uma catástrofe ou uma epidemia tivesse ocorrido em Brasília. Depois de anos na casa de 5,7 mil óbitos anuais, em 2016 chegamos a 6,7 mil.
Os trabalhadores são os mesmos, os sindicatos são os mesmos e a rede pública de saúde é a mesma. O que mudou foi o governante e o secretário de Saúde nomeado por ele. E são estes últimos os responsáveis pelo caos instalado. Estamos perdendo trabalhadores e vidas para que o governador tenha uma expectativa de ganhar uma eleição ou de justificar o fracasso de sua administração.
Em ano pré-eleitoral, sem ter executado o que era promessa de campanha, o governador resolveu subir novamente no palanque para fazer a única coisa que sabe: campanha. Elegeu os trabalhadores e suas entidades representativas como alvo de seus discursos porque não tem nenhuma realização a apresentar.
Ao contrário do que faz com a Saúde, não economiza dinheiro público quando o assunto é propaganda fantasiosa de seu governo e difamação dos sindicatos para jogar a população contra os servidores públicos. Se tivesse apostado em trabalho em vez de discurso, talvez não precisasse procurar um bode expiatório para sua gestão desastrosa.
Dr. Gutemberg Fialho
Presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal

Em tempo… Uma Pesquisa de Opinião

Mesmo após a aprovação do PL do IHBDF na CLDF, Política Distrital (PD) teve a oportunidade de acompanhar a participação de uma senhora, na feira do Guará, em uma pesquisa de opinião realizada por um instituto de pesquisa (25/Jun).

O caso chamou atenção deste articulista por dois motivos. Primeiro, a pesquisa aconteceu após a eleição do PL do IHBDF, segundo, um trecho de vídeo em que Rollemberg acusou Gutemberg Fialho, foi mostrado à participaante para que dissesse se concordava com a fala do governador. No mais, a pesquisa apresentou nomes de prováveis candidatos às eleições de 2018.

A pergunta que não quer calar é: A pesquisa foi encomendada por Rollemberg?

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