Pró-vida constata escassez de recursos humanos e instalações inadequadas no HRT

Além da falta de anestesistas, enfermeiros e cardiologistas para atender pacientes, estruturas do hospital estão insalubres



A Promotoria de Justiça Criminal de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-vida) inspecionou, em 6 de setembro, o Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A visita foi motivada por uma denúncia recebida pela promotoria de que o atendimento e as instalações do local estavam inadequadas.

A equipe da Pró-vida verificou que a disponibilidade de recursos humanos é escassa para o número de pacientes internados. De acordo com o assessor médico da Pró-vida, Márcio Souza, “faltam 18 médicos anestesiologistas com carga horária de 20 horas semanais. Com o número reduzido desses profissionais, as cirurgias eletivas, aquelas que podem esperar, não ocorrem, então os pacientes vão se acumulando tanto no pronto-socorro quanto nas enfermarias. Como há poucos cardiologistas no hospital, é difícil o agendamento para avaliação do risco cirúrgico. Além disso, faltam 146 enfermeiros e 336 técnicos de enfermagem, por isso, muitos pacientes ficam internados sem assistência adequada”, detalha o médico. Segundo ele, o HRT é um dos hospitais com maior déficit de profissionais de enfermagem da Rede Pública de Saúde do DF.

A inspeção também constatou que as instalações do pronto-socorro adulto estão inadequadas. “Existe infiltração no forro, o piso do hospital está desgastado, o banheiro está sujo e há apenas um aparelho de ar condicionado que não supre a demanda, o que torna o ambiente muito quente”, explica Márcio.

Publicidade

Também foi apurado que faltam materiais cirúrgicos na ortopedia, como próteses de quadril e de joelho. “Os pacientes, além de esperarem por uma cirurgia pela falta de anestesista, ainda têm que esperar a compra de materiais cirúrgicos necessários para o tratamento por dias e até semanas, sem previsão”, lamenta Márcio.

Relatório

A Pró-vida reunirá essas informações em um relatório que será direcionado às Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus) e Regionais de Defesa dos Direitos Difusos (Proreg) para que, em uma atuação conjunta com Secretaria de Saúde, solucionem os problemas de insalubridade do HRT, realizem uma reforma para melhoria das instalações e contratem enfermeiros e anestesistas necessários para a demanda de pacientes do hospital.



Política Distrital nas redes sociais? Curta e Siga em:
YouTube | Instagram | Facebook | Twitter










FONTEMPDFT
Artigo anteriorPaula Belmonte pede nomeação de profissionais de saúde
Próximo artigoDoenças respiratórias sazonais: Prosus recomenda mudanças no atendimento pediátrico