Agência Brasília*
A farmácia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) manipulou mais de 35 mil bolsas de quimioterápicos durante o ano de 2019. Um aumento de 20 %, comparado ao ano anterior. Com isso, mais pessoas foram atendidas. Em 2018, um total de 20.578 pacientes fizeram uso dos quimioterápicos, em 2019 esse número aumentou para 25.810. A assistência farmacêutica vai além do preparo dos medicamentos, começa na prescrição e segue até a alta do tratamento.
Essas bolsas de quimioterapia são destinadas a pacientes como a Ivonete Gomes, de 41 anos, que faz tratamento desde de 2018, quando descobriu um câncer no colo do útero. Uma vez por semana, ela vai ao ambulatório do Hospital Regional de Taguatinga receber a quimioterapia.
“Comecei o meu primeiro ciclo assim que fui diagnosticada, agora estou terminando o terceiro ciclo. Eles têm o maior cuidado, e esse procedimento é muito importante, pois trata-se de um remédio muito forte, que pode até matar, no caso de algum erro”, destaca a paciente Ivonete.
A manipulação feita na farmácia do HRT atende toda a rede de saúde pública do Distrito Federal. Os quimioterápicos são fornecidos para pacientes da oncologia, da hematologia, reumatologia, transplantados e imunocomprometidos, que são aqueles cujos mecanismos de defesa contra infecção estão comprometidos.
A preparação das bolsas de medicamentos, individualizada para cada pessoa, exige uma cabine específica. O profissional precisa de equipamentos e paramentação adequada que evitam a contaminação, tais como o uso de dois pares de luvas, macacão impermeável, máscara de proteção para agentes químicos, e demais instrumentos de proteção.
“Realizamos a preparação seguindo todos os protocolos. Para o controle, são feitas três etapas de conferências de cada medicamento manipulado, assim chega de forma correta para o paciente. Há um grande controle de qualidade”, ressalta o farmacêutico, Hugo Carvalho.
A assistência da equipe da farmácia começa na análise da prescrição, passando pela rigorosa preparação, e na orientação sobre os cuidados para a redução de inflamações, dor, náuseas, vômito.
Na alta é confeccionada uma ficha de farmacoterapia, com a preocupação da adequação da linguagem, de acordo com a necessidade de cada um. São feitas orientações para que o usuário não tenha dificuldade na continuidade do tratamento em casa.
“É importante que o paciente saia bem informado e preparado. Isso ajuda na adesão ao tratamento”, pontua Hugo Carvalho. De acordo com os depoimentos dos usuários que fazem a medicação no ambulatório de oncologia do HRT, o cuidado desses profissionais é fundamental para o tratamento e a consequente melhora.
Para Joana d’Arc de Jesus, de 66 anos, que há três meses faz quimioterapia para tratar um câncer no ovário, “é importante esse cuidado, são todos atenciosos e bons profissionais”, ressalta. “Só tenho que elogiar, é uma colaboração que ajuda no nosso tratamento”, destaca o paciente, João Nunes, 74 anos.
* Com informações da Secretaria de Saúde
Fonte: Agência Brasília