Desde que a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional do Gama passou a tratar exclusivamente pacientes com a Covid-19, os profissionais têm pesquisado e inovado no tratamento dos contaminados com o novo coronavírus. Foi criada uma espécie de cápsula que viabiliza monitoramento, alimentação e medicação sem contato direto com o paciente, entre outras vantagens para o próprio doente.
“Pelo período de transmissão que esses pacientes têm nós vimos a necessidade de criar uma proteção para o trabalhador da saúde na hora de fazer uma extubação ou quando o paciente vai tossir, quando o risco de contaminação é muito grande”, avalia a terapeuta ocupacional Patrícia Rabelo.
Esse foi o primeiro exemplar, construído de maneira experimental, para verificar retorno e eficácia com essa nova cápsula. A confecção foi realizada pela terapeuta ocupacional depois que a chefe da UTI, Cinara Guimarães, a procurou. A peça é inspirada no projeto de cápsula feito pelo Instituto Transire e pela Samel Health Teach, com algumas adaptações.
A cabine é composta por uma armação leve e resistente feita de cano de PVC (de baixo custo) e revestida de plástico transparente. O material permite a higienização e pode ser útil para vários pacientes. O sistema usa exaustor e filtros antivirais e antibacterianos instalados na cápsula, o que cria um ambiente de pressão negativa no interior.
“Menos risco de contaminação durante a realização dos procedimentos médicos e alimentação do paciente; redução média do período de internação”, aponta Patrícia, citando alguns benefícios do uso da cápsula.
A intenção da equipe é construir mais cápsulas assim que possível. No HRG são 16 leitos de UTI para o tratamento de pacientes com a Covid-19, de acordo com a página Info Saúde DF.