Neste domingo (15), é celebrado o Dia Mundial de Sensibilização do Método Canguru. Transformado em política pública de saúde em 1999, o procedimento é adotado pela rede pública de saúde de todo o Distrito Federal.
“A iniciativa vai desde o pré-natal de alto risco até o momento de o bebê ir para acompanhamento no ambulatório”Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno da Secretaria de Saúde
Para lembrar a data, as unidades neonatais da Secretaria de Saúde (SES) e o Centro de Referência do Método Canguru/Unidade de Neonatologia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) promoverão um “canguruzaço” na segunda-feira (16). As mães internadas e as que utilizaram a técnica vão tirar fotos com seus filhos e postar com a hashtag #cangurudf, tanto neste domingo quanto na segunda-feira (16).
“O método, centrado no paciente e na família, auxilia muito no tratamento”, explica a pediatra Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF. “A iniciativa vai desde o pré-natal de alto risco até o momento de o bebê ir para acompanhamento no ambulatório de seguimento, sempre com o olhar multidisciplinar.”
De acordo com manual desenvolvido pelo Ministério da Saúde, o Método Canguru é um modelo de atenção perinatal voltado para a atenção qualificada e humanizada, que reúne estratégias de intervenção biopsicossocial com uma ambiência que favoreça o cuidado ao recém-nascido e à sua família.
Família participa
Técnica do canguru ajuda a promover o aumento do vínculo afetivo entre o bebê e os pais
O procedimento promove a participação dos pais e da família nos cuidados neonatais. Faz parte da iniciativa o contato pele a pele, que começa de forma precoce e crescente desde o toque, evoluindo até a chamada posição canguru.
Essa posição consiste em manter o recém-nascido em contato com o corpo da mãe ou do pai, na posição vertical, o tempo mínimo necessário para respeitar a estabilização do bebê e pelo tempo máximo que ambos entenderem ser prazeroso. A orientação deve ser feita por equipe de saúde capacitada.
Entre as vantagens da iniciativa, estão a redução do tempo de separação dos pais e da criança, ampliação do vínculo afetivo, incentivo à confiança dos pais no cuidado dos filhos (inclusive após a alta hospitalar) e estímulo ao aleitamento materno, permitindo maior frequência, precocidade e duração e mantendo o adequado controle térmico do bebê.
O procedimento ainda contribui para a redução do risco de infecção hospitalar, reduz o estresse e a dor, propicia melhor relacionamento da família com a equipe de saúde, favorece no recém-nascido a estimulação sensorial protetora em relação ao seu desenvolvimento integral e melhora a qualidade do desenvolvimento neuropsicomotor.