Por Mayara da Paz
Por meio do programa habitacional Morar DF, do Governo do Distrito Federal (GDF), o sonho da casa própria está se tornando realidade para muitas famílias. Para a dona de casa Aline Lima de Oliveira, 30 anos, isso aconteceu em um momento particularmente desafiador. Sua mãe, a aposentada Ana Lúcia de Lima Costa, 53 anos, com quem Aline mora atualmente, luta contra um câncer que tem comprometido a renda familiar.
Moradora da região do Arapoanga há três décadas, Aline vive na casa dos pais com a filha Aurora Lima, de 5 anos. Em junho, ela foi beneficiada com os primeiros subsídios do programa Morar DF no Itapoã Parque. A iniciativa oferece um repasse de R$ 15 mil para que famílias de baixa renda possam dar entrada na casa própria, reduzindo os custos e facilitando o financiamento de unidades habitacionais.
“O apoio do GDF foi um cuidado divino. Com a questão do câncer da minha mãe, quimioterapia e medicamentos, os gastos têm sido muito altos. Se não fosse o Morar DF, o sonho da casa própria não seria possível”, conta Aline.
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Mãe de Aline, dona Ana Lúcia vibra pela conquista da filha: “Eu fico muito feliz. É muito gratificante ver a minha filha realizando o sonho de ter o cantinho dela”. O pai, Celso Ferreira de Oliveira, 59, compartilha a emoção da família: “A gente luta e batalha todo dia em busca de um objetivo e é muito bom quando isso vira a realização de um sonho. É um motivo de muita alegria, até porque isso foi conquistado com o apoio do GDF. Sem esse apoio seria muito difícil”.
Os beneficiários contemplados pelo programa Morar DF poderão se mudar para o Itapoã Parque a partir do ano que vem. Até lá, Alice e Aurora passam a sonhar com a melhora da qualidade de vida que terão. “Eu vou me sentir muito realizada quando me mudar. A nossa qualidade de vida vai melhorar lá”, diz.
Como ter acesso ao programa
Aprovado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) em maio deste ano e sancionado pelo governador Ibaneis Rocha em junho, o programa Morar DF tem como público-alvo a população de baixa renda do DF.
Podem acessar o benefício as famílias com renda bruta de até cinco salários mínimos que residam no DF há pelo menos cinco anos. Para obter o subsídio, é necessário estar cadastrado na Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) e procurar uma unidade do órgão para manifestar interesse.
O benefício é concedido uma única vez por grupo familiar e é ajustado anualmente de acordo com o Índice Nacional de Custo da Construção Civil (INCC) para manter o valor compatível com a inflação e as variações no custo da construção.
Os beneficiários do programa poderão acessar, de forma cumulativa, outros subsídios de políticas habitacionais distritais ou federais, exceto se o imóvel já for subsidiado pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). A ação é estendida, também, às famílias de baixa renda que já têm processos de aquisição de unidades habitacionais em andamento em qualquer programa habitacional.
O presidente da Codhab, Marcelo Fagundes, enfatizou que 70% dos inscritos nos programas habitacionais da companhia que recebem até cinco salários mínimos desistem da moradia quando se deparam com o valor da entrada. Dessa forma, ele explica a importância do subsídio na conquista da casa própria.
“O Morar DF é a cereja do bolo no programa habitacional do DF. É o que faltava para que as pessoas que mais precisam, aquelas que ganham até cinco salários mínimos, possam realizar o sonho da casa própria. O GDF entra com R$ 15 mil, o que reduz ou zera o valor da entrada inicial, a maior barreira para quem tem baixa renda. Sem dúvida, o governo Ibaneis Rocha criou o melhor programa habitacional do Brasil”, ressaltou Marcelo.
Mais de 2 mil famílias atendidas
Até o momento, já foram investidos R$ 8 milhões no programa, entre recursos do GDF e emendas parlamentares. O Morar DF já beneficiou mais de 2 mil famílias, proporcionando uma chance real de conquistar a casa dos sonhos – o programa visa enfrentar o déficit habitacional que afeta mais de 100 mil famílias no Distrito Federal, segundo dados da Codhab.
A ideia é que o subsídio seja oferecido em todo o DF, em diversos empreendimentos. Até o momento, já foram concedidos financiamentos a unidades habitacionais de Samambaia, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Planaltina, Ceilândia e Itapoã Park.