Por Yuri Freitas
Foi realizado, nessa última quinta-feira (27), o 4º Seminário da Comissão de Saúde da Mulher, uma realização do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF). O evento contou com a participação de profissionais de saúde, gestores e especialistas na área para debater questões relacionadas à saúde da mulher e à enfermagem obstétrica e neonatal do DF.
A 4ª edição do seminário foi intitulada “Mulher, o poder está em suas mãos: enfermagem, empreendedorismo e tecnologia como ferramentas de empoderamento feminino”. A gerente de Serviços de Enfermagem Obstétrica e Neonatal (Geon) da Secretaria de Saúde (SES-DF), Gabrielle Medeiros, chamou a atenção para o grande número de mulheres que escolhem a carreira da enfermagem no Brasil e, em particular, no DF, correspondendo atualmente a cerca de 85% dos profissionais na área.
“Nossa categoria tem mulheres atuando em todos os Níveis de Atenção à Saúde. Somos a maior parte da força de trabalho. Hoje temos na SES-DF 4.104 enfermeiros, dos quais 3.490 são mulheres”, disse Medeiros. “Dentre essas, temos 172 enfermeiras obstetras. Esse quadro surgiu há quatro anos e a gente já consegue observar grandes avanços e grandes mudanças. E eu falo não é só quanto ao quantitativo de partos, mas na mudança de modelo assistencial”, destacou a representante da SES-DF.
Medeiros ainda celebrou os avanços obtidos pelo acompanhamento das enfermeiras obstétricas aos trabalhos de parto e períodos de puerpério, em relação à saúde das mães e dos recém-nascidos. “Nesse período, nos espaços assistidos por enfermeiros, em apenas 1% dos partos houve a realização de episiotomia (corte cirúrgico efetuado no períneo para ampliar o canal de parto). Quem ganha com isso são as mulheres e os bebês, que têm o nascimento mais digno, humanizado e, principalmente, seguro, porque a enfermagem trabalha com evidência científica”, ressaltou.
No decorrer do dia, o evento ainda contou com palestras, oficinas e premiações a trabalhos científicos relacionados à enfermagem enviados ao Coren-DF. Foram avaliadas pesquisas, reflexões teórico-filosóficas, estudos de caso e revisões de literatura. Os trabalhos se encaixavam em três eixos temáticos: ensino, formação e regulação; sustentabilidade dos sistemas de saúde; protagonismo social e cuidado qualificado.