Quando uma lei ‘cola’: Região Sudoeste terá identificação em unidades com atendimento em libras



Proposta é do grupo de servidores que está fazendo a formação no IFB

Por Kleber Karpov

Após a sanção da Lei que garante intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) em unidades da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), com trânsito superior a 500 pessoas a pasta ‘comprar’ e estudantes a briga, a população deve ser a grande beneficiada. Nessa semana, um grupo de seis estudantes de Libras, servidores da Região de Saúde Sudoeste da SES-DF, apresentou uma ideia de colocar um banner com indicações na língua de sinal e os profissionais usarem bottons como identificação para os pacientes surdos que buscam atendimento.

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A ideia surgiu, a partir da percepção da necessidade, por parte das profissionais de saúde e dos professores do Instituto Federal de Brasília (IFB), de capacitarem mais profissionais de saúde como intérpretes de Libras. Isso para melhorar a capacidade de comunicação com os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) do DF. O que deve resultar na abertura de uma turma, específico na região Sudoeste, de modo a capacitarem 40 novos servidores da SES-DF.

De acordo com servidora da SES-DF, Lídia Glasielle de Oliveira Silva, aluna de Libras, da Região Sudoeste, a observação foi imprescindível para se perceber a dificuldade de os pacientes se comunicarem, para receber atendimento. Pois por diversas ocasiões, permaneciam por horas na unidade de saúde, se serem percebidos.  “O que eles esperam é que a nossa postura enquanto Saúde seja mudada, que mude a nossa abordagem para com esse público”.

Inclusão e acolhimento

O banner deve contar indicação que a unidade de saúde mantém um profissional apto a se comunicar em libras. Para os idealizadores, um primeiro contato com os pacientes que representa um acolhimento naquele espaço.

Lídia Glasielle observou ainda que o curso de Libras é direcionado à atender as especificidades do processo de atendimento na unidade de saúde. “A gente aprende sinais, sintomas, equipamentos, nomes, setores das unidades para fazer essa comunicação”, relata a servidora.

Números

A secretaria de Saúde observa que dados da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), baseados no Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, do montante de 2,57 milhões de habitantes, 22,23% da população do DF, declarou ter algum tipo de deficiência. Percentual equivalente a 571,35 mil pessoas.

Desse montante, 63,71% (364 mil), com deficiência visual; 18,02% (102,95 mil) motora; 14,41% (82,33 mil) auditiva e 3,85% (21,99 mil), mental/intelectual.

Colou

Para o deputado distrital, Jorge Vianna (PODEMOS), autor do Projeto de Lei (PL) 103/2019, que deu origem a Lei 6300/2019, Primeiro PL do parlamentar, sancionada pelo governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), a lei, ‘colou’.

“Culturalmente no DF e no país temos milhares de leis, que simplesmente não ‘colam’, mas em nenhum momento tive dúvida da importância de apresentar o PL para garantir intérpretes de Libras nas unidades de Saúde, pois como sou profissional de saúde, sei o desespero, tanto de pacientes, quanto das equipes de atendimentos quando se deparam com usuários com deficiência auditivos. Então vendo o empenho do secretário de Saúde, Osney Okumoto, e principalmente, dos servidores da Saúde em se capacitar e criar novos meios de facilitar essa comunicação, isso apenas me deixa mais orgulhoso.”, aponta Vianna ao brincar “Essa foi uma lei que realmente ‘colou’ e veio para ficar.”, concluiu.

Com informações de Agência Saúde DF



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