O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, divulgou, via redes sociais, nota em que lamenta a morte de meio milhão de brasileiros, vítimas da covid-19. Por meio do microblog Twitter, Queiroga afirma prestar solidariedade a cada pai, mãe, amigos e parentes, que perderam seus entes queridos.
“500 mil vidas perdidas pela pandemia que afeta o nosso Brasil e todo o mundo. Trabalho incansavelmente para vacinar todos os brasileiros no menor tempo possível e mudar esse cenário que nos assola há mais de um ano”, disse o ministro.
500 mil vidas perdidas pela pandemia que afeta o nosso Brasil e todo o mundo.Trabalho incansavelmente para vacinar todos os brasileiros no menor tempo possível e mudar esse cenário que nos assola há mais de um ano.
— Marcelo Queiroga (@mqueiroga2) June 19, 2021
Falta de ação
Porém, na condição de Ministro da Saúde, de um governo que deliberadamente atuou para que o Brasil tenha chegado a esse número e, embora atue, ao que demonstram os bastidores políticos, ainda sob influência do mandatário do país, o lamento de Queiroga é acompanhado de cobrança de atitude.
Esse é o caso do ex-secretário de Estado de Saúde do DF, Fábio Gondim, em resposta ao lamento de Queiroga, cobrou ação por parte do ministro. “Enquanto as vacinas não chegam, cruzamos os braços e esperamos as pessoas morrerem?! Há muito a fazer, Ministro! Há isolamento social, barreiras sanitárias, testagem em massa, gestão de contactantes, uso de máscaras, higiene pessoal e dos locais. Evite o contágio! Aja!”
Gondim, egresso da engenharia civil, foi uma das primeiras vozes a se levantar, no início de 2020, após fazer projeções de disseminação do vírus, para apontar o erro fatídico, de se permitir a realização do carnaval, naquele ano, no país, diante da iminência da chegada do coronavírus ao Brasil.
Enquanto as vacinas não chegam, cruzamos os braços e esperamos as pessoas morrerem?! Há muito a fazer, Ministro! Há isolamento social, barreiras sanitárias, testagem em massa, gestão de contactantes, uso de máscaras, higiene pessoal e dos locais. Evite o contágio! Aja!
— Fábio Gondim (@FabioGondim) June 19, 2021
Resta saber
Se Queiroga vai jogar por terra o discurso, frequentemente utilizado que acima da autoridade do ministro, há alguém na linha de comando do governo federal, forma sutil de dizer, “um manda e o outro obedece”.