Mesmo com economia de água forçada, consumidores devem pagar conta, por supostos ‘prejuízos’ da CAESB
Por Kleber Karpov
Após o anúncio de reajuste de 2,99% na tarifa de água e esgodo da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (ADASA), o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), decidiu tentar ‘intervir’ no reajuste. O caso ocorre após reação em relação a 2,06%, relativo ao Reajuste Tarifário Extraordinário (RTE), ser para custeio de ‘prejuízos’ da Companhia.
Ao anunciar reajuste a partir de 1o de junho, a ADASA explicou que 2.06% do montante de 2,99% é relativo a reposição de “possível desequilíbrio econômico-financeiro, decorrente da situação crítica de escassez hídrica no DF e consequente redução de mercado.”.
Após críticas por dar manutenção de supersalários na CAESB e da continuidade do racionamento de água que, de acordo com a ADASA, até o fim de 2018, Rollemberg decidiu tentar reverter a decisão do anúncio.
Em ano de eleição, Rollemberg que foi ávido defensor de reajustes de impostos, dessa vez mudou o discurso. “Considero inadequado qualquer aumento agora e inadmissível um aumento com porcentuais acima da inflação”, afirmou Rollemberg.”.
Para tanto, Rollemberg anunciou em entrevista coletiva nesta quarta (2/Abr), que determinou a Procuradoria-Geral do DF entre com recurso na agência reguladora.
Racionamento
Os níveis dos reservatórios do Descoberto e de Santa Maria com 90,6% e 56,1%, respectivamente, de acordo com a ADASA (30/Abr), outros fatores, a exemplo da previsão de chuvas à partir de outubro devem ser levados em consideração para que se possa decretar o fim das suspensões de água.