Rafael Parente ganha voto de confiança da União dos Movimentos de Brasília  sobre ideologia de gênero



Rafael Parente ganha voto de confiança da União dos Movimentos de Brasília  sobre ideologia de gênero

Secretário de Educação, esclarece falta de previsão de tema no Plano Distrital de Educação e afirma que tema não deve ser incentivada na rede escolar do DF

Por Kleber Karpov

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Após inúmeras críticas nas redes sociais, em relação ao atual secretário de Estado de Educação do DF, Rafael Parente, por publicações antigas nas redes sociais atual gestor da pasta, em alusão a possível adesão à ideologia de gênero, Parente volta a se manifestar sobre o assunto.

Mesmo após refutar a possibilidade de tal prática, enquanto secretario de Educação, sob pressão de segmentos da sociedade brasiliense, Parente se reuniu, na tarde desta terça-feira (8/Jan), com representantes do Conselho da União dos Movimentos de Brasília (UMB), em que ratificou a ausência de incentivo à exploração da ideologia de gênero e doutrinação ideológica na Rede Escolar do DF.

Durante a reunião, e ao lado da deputada federal, Paula Belmonte (PPS), parlamentar que endossou o nome de Parente para a SEDF, o secretário tranquilizou os representantes da UMB, ao firmar tal na gestão da pasta, se comprometeu a cumprir 100% da agenda do governador, Ibaneis Rocha (MDB).

“Sendo secretário de Educação, eu me comprometi a cumprir 100% da agenda do governador. Tudo que ele prometeu na campanha, vai ser feito, a gente tem problemas gigantescos, além de tudo, como os senhores falaram, a gente não tem nada relacionado a ideologia de gênero no Plano Distrital de Educação [PDE], nós temos o currículo. E esses documentos são norteadores do nosso trabalho”, disse.

Parente lembrou a necessidade de se resolver problemas graves nas unidades de ensino, e de se resgatar a dignidade aos alunos nas escolas públicas do DF.

“Nós temos desafios gigantescos na Educação. Problemas de infraestrutura nas escolas, melhorar a formação dos nossos professores, fazer com que as pessoas se respeitem mais dentro das escolas, com que as escolas tenham um pouco mais de ordem, de serenidade, de tranquilidade, que hajam mais valores que a Educação para e com valores dentro das escolas e que de fato a gente tenha uma educação que seja de excelência para todas nossas crianças e jovens.”, concluiu.

Distrital critica

Embora Parente tenha esclarecido a falta de previsão legal no PDE para abordagem da ideologia de gênero nas escolas públicas do DF, o deputado distrital, Fábio Felix (PSOL),  que estreia na Câmara Legislativa do DF (CLDF), em fevereiro, criticou a postura de Parente.

Segundo Felix, o secretário “se utiliza de argumentos ultrapassados para criminalizar o pluralismo e a liberdade pedagógica.”, ao ceder à pressão de ataques virtuais, ao que chamou de “direita conservadora”. O parlamentar, por meio de Nota de Repúdio criticou a postura do secretário de Educação.

Confira:

Nota de repúdio às afirmações do secretário de Educação, Rafael Parente

Em recentes declarações à imprensa, o secretário de Educação do governo Ibaneis fez algumas alegações dignas de nota e de rechaço. Há poucos dias, Rafael Parente foi vítima de ataques virtuais por parte da direita conservadora e agora se utiliza de argumentos ultrapassados para criminalizar o pluralismo e a liberdade pedagógica.

Enquanto presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, considero as afirmações do secretário de Educação do DF um grave ataque à Constituição Federal, que é clara ao assegurar a “liberdade de aprender e ensinar”, bem como o “pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas” (Artigo 206). O secretário chegou a insinuar que os docentes serão monitorados para que não “doutrinem e nem disseminem ideologia de gênero”. Reafirmo o compromisso do nosso mandato em defender a liberdade de cátedra e a construção do pensamento crítico no espaço escolar. Não aceitaremos repressão e nem mordaça em sala de aula. Os professores merecem respeito!

Fábio Felix, deputado Distrital pelo PSOL e presidente da Comissão de Direitos Humanos da CLDF

Brasília, 08 de janeiro de 2019.



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