Raiva: saiba por que é tão importante vacinar seu animal de estimação

Doença acomete cães e gatos. Campanha de vacinação começa no final de agosto na zona rural do DF



Por Jurana Lopes

Apesar de não haver casos de raiva em humanos, cães e gatos no Distrito Federal, há muitos anos, a enfermidade precisa ser tratada com seriedade. Dentre as doenças infecciosas de origem viral, a raiva é a única em relação a seu alcance e ao número de vítimas, que pode gerar uma encefalite aguda capaz de levar as vítimas ao óbito em praticamente 100% dos casos. A doença acomete todas espécies de mamíferos, inclusive, seres humanos.

“No Distrito Federal, o único caso da raiva humana foi registrado em 1978, como resultado bem-sucedido do Programa Nacional de Profilaxia da Raiva Humana. O último caso diagnosticado de raiva em cães foi em 2000 e, em gatos, no ano de 2001. O vírus rábico circula no DF em quirópteros, nos bovinos, equídeos e outros animais”, explica o médico veterinário da Vigilância Ambiental, Laurício Monteiro.

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O vírus da raiva fica presente na saliva de animais infectados e é transmitido principalmente por meio de mordeduras e, eventualmente, pela arranhadura e lambedura de mucosas ou pele lesionada.

Um dos importantes pilares do programa de vigilância da raiva preconizado pelo Ministério da Saúde é a campanha anual de vacinação contra raiva em cães e gatos, de modo a manter, no curto prazo, parcela significativa dessas populações imunes ao vírus. Essas campanhas foram iniciadas com a criação do Programa Nacional de Profilaxia da Raiva (PNPR) em 1973.

Campanha de Vacinação 2020

Para manter os animais imunizados, a campanha de vacinação contra raiva deste ano vai ocorrer, na zona rural, no dia 29 de agosto, por postos fixos e volantes, localizados em unidades básicas de saúde (UBSs), escolas, residências, comércios e outros estabelecimentos. Já na zona urbana, a campanha será nos dias 12 e 26 de setembro e no dia 3 de outubro, por meio de postos fixos em UBSs, Núcleos de Inspeção Sanitária, escolas, comércios, postos policiais e outros estabelecimentos.

“Em cada posto haverá três ou mais servidores e outros participantes, a equipe será formada por servidores públicos e colaboradores de instituições públicas civis e militares. A equipe será distribuída conforme a densidade populacional estimada de cães e gatos da área”, destaca Laurício.

Manter cães e gatos protegidos contra a raiva também garante proteção aos donos dos bichinhos – Foto: Matheus Oliveira/Arquivo-SES

A vacinação da área rural será realizada em conjunto a Emater-DF e colaboradores de instituições públicas civis e militares, através de estratégia decidida entre a Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) e a Emater.

A Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde receberá para a campanha um total de 270 mil doses de vacinas do Ministério da Saúde. Para cada dose, serão utilizadas uma seringa e uma agulha descartável.

Na área urbana serão 1.640 postos fixos de vacinação. O horário de atendimento ao público nos postos será das 9h às 17h. Na área rural serão 200 postos (volante e fixo) distribuídos em 17 localidades.

Atualmente, estima-se que a população de cães e gatos em todo o Distrito Federal seja de 345.033, sendo 308.419 cães e 36.613 gatos. A expectativa é vacinar pelo menos 80% da população animal.

Sinais clínicos suspeito de raiva no cão

Quando o animal está contaminado com o vírus da raiva animal pode tornar-se agressivo, mordendo pessoas, animais e objetos, ou ficar triste, procurando lugares escuros; O latido torna-se diferente do normal; Fica de boca aberta e com muita salivação; Recusa alimento ou água, tendo dificuldade de engolir (parecendo engasgado); Fica sem coordenação motora, passa a ter convulsões, paralisia das patas traseiras (como se estivesse descadeirado); paralisia total e morte.

O que fazer ao ser mordido por um cão

Mesmo que o animal seja vacinado, é necessário lavar imediatamente o ferimento com água e sabão em barra; Procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS); Comunicar à Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde, pelo telefone (61) 2017-1342 ou ao Disque Saúde – 160 pelo e-mail: [email protected].

Além disso, não matar o animal agressor. Deixá-lo em observação durante 10 dias, em local seguro, para não fugir nem atacar pessoas ou outros animais. Ele deve receber água e comida, normalmente. Durante a observação, verificar se apresenta algum sinal suspeito de raiva (alteração de comportamento). Caso não seja possível observar o animal em casa, encaminhá-lo ao canil da Gerência de Vigilância Ambiental Zoonoses (GVAZ), Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde, da Secretaria de Saúde.



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FONTEAgência Saúde DF
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