A Polícia Civil já deixou bem claro que o leite pode entornar se o governador Rodrigo Rollemberg insistir em continuar fazendo descaso das reivindicações da categoria e querer conceder o mesmo reajuste à Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros como foi concedido à Polícia Federal.
Rollemberg acha que a paridade entre as forças de segurança do DF é justa, porém as sempre e indesculpáveis dificuldades financeiras são as barreiras para a concessão, afirmou ontem o governador em reunião com deputados distritais.
Acontece que Rollemberg está numa sinuca de bico. Se conceder o tradicional aumento aos policiais civis como tem sido praxe toda vez que a polícia federal recebe sem conceder aos policiais e bombeiros, corre um sério risco de enfrentar uma das maiores crises institucionais já vista em governos brasilienses. Os militares não cogitam, sob nenhuma hipótese, que seja concedido aumentos diferenciados às classes que compõe a segurança pública.
É nítido que o governador sabe que policiais e bombeiros não são sindicalizados, não podem fazer greve e estão extremamente desmotivados. No entanto, o amadurecimento político e as pancadas no lombo das tropas tem sido fator fundamental para que uma resposta mesmo que velada dessas categorias possa trazer prejuízos irreparáveis ao GDF, como a temida Operação Tartaruga, que para ser colocada em prática não precisa sequer de assembleias para decretá-la.
Enquanto a tropa e a segurança pública está atolada em dúvidas e dívidas, fora o imbróglio que se tornou o PLC 257/2016 que está prestes a ser votado no Congresso e retira vários direitos dos militares, o governador se reuniu novamente agora pela manhã com Agentes e Delegados no Lago Oeste numa clara tentativa da classe de pressionar o governador para a garantia do reajuste.
Mas deixemos isso de lado, as olimpíadas estão aí. Vamos “bater uma bolinha”, afinal, aqui tudo vai muito bem obrigado!
Fonte: Blog do Poliglota