Recém-nascidos contam com atendimento humanizado na UCIN do HRL

Bebês são internados em redes de balanço onde se sentem mais protegidos



Humanização. Essa é a palavra motivadora para a equipe da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin) do Hospital da Região Leste (HRL) na promoção da saúde e bem estar dos recém-nascidos e para as mamães e papais que os acompanham durante a internação. Para elevar a sensação de conforto aos bebês e mantendo alto nível de cuidados, a Ucin passou a contar com uma terapeuta ocupacional que implementou as “redinhas”, uma técnica que reproduz, em redes de balanço, dentro da incubadora, a sensação do bebê estar dentro do útero da mãe.

De acordo com a supervisora de enfermagem da Ucin do HRL, Lucyara Simplício, “o método trouxe uma assistência mais humanizada que impacta no tempo de internação e na melhora clínica do recém-nascido. Continuamos reforçando a amamentação, o contato pele a pele da mãe com o bebê, o método canguru e outras técnicas e assistência que garantem qualidade de vida para os recém-nascidos”.

A enfermeira destaca que a unidade continua prestando seus serviços de excelência mesmo em tempos difíceis impostos pela pandemia do novo coronavírus. “Realizamos trabalhos que trazem ganhos, reduzindo tempo de internação, dando celeridade a rotatividade dos leitos. Esses trabalhos são: o método canguru, as redinhas, horário do soninho – na última dieta da manhã deixamos o bebê com manuseio mínimo. E contamos com tem três leitos na unidade canguru”.

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A fisioterapeuta Flávia Paião Rovo destaca que o uso da rede proporciona para o bebezinho uma melhora na organização motora. “Sabemos que o prematuro nasce com uma desorganização motora. É um bebê mais assustado, pois nasceu antes da hora. A redinha proporciona essa organização. O bebê se sente acolhido e protegido. Temos ganho na postura flexora organizando a nível do sistema nervoso central”, explica.

Flávia conta que “a redinha proporciona estímulo tátil, vestibular e ganho de peso. Ele (o bebê) se sentindo acolhido fica mais tranquilo, preserva o sono, tem menos gasto de energia. Então, a técnica traz vários ganhos para os bebês”.

O elogio vem de quem recebe a atenção e presencia os cuidados que a equipe tem com os pequenos na unidade. Enquanto descansava no jardim externo da Ucin, criado para dar conforto aos servidores e para as mães e pais que acompanham os pacientes, a moradora do Paranoá, Juliane da Silva Monteiro, agradeceu à equipe pelos cuidados que seu bebê tem recebido. O bebê está na unidade há oito dias recebendo cuidados na incubadora e no Método Canguru.

“É muito bom receber esse apoio. Eles (os servidores) são bastante prestativos e têm um cuidado e carinho enorme com os bebês”, agradece. Já Aline dos Santos, moradora do Itapoã, afirma que é “gratificante todo o cuidado que estamos recebendo. Nós não temos nem como agradecer o que elas (as profissionais) fazem”.

Melhorias

A unidade recebeu obras e adequações no espaço dedicado à saúde dos bebês garantindo um melhor atendimento. Além disso, passaram por reformas alguns aparelhos que estavam sem uso. Berços, incubadoras e outros equipamentos receberam manutenção possibilitando o funcionamento dos 15 leitos existentes na unidade. Antes das intervenções, apenas seis leitos funcionavam. A readequação também oferece um atendimento mais humanizado para as mães e para os recém-nascidos.

O espaço ganhou pintura nova e a rede elétrica foi reformada, o que possibilita o funcionamento dos equipamentos de forma correta. Os de monitores multiparamétricos e de dez oxímetros receberam manutenção.

A unidade foi inaugurada em 2007 e, até então, não havia recebido nenhum reparo. Do total de leitos existentes após a reforma, doze são de Ucin convencionais e mais três de enfermaria do Método Canguru. Os berços e incubadoras são aquecidos e a unidade também oferece fototerapia – utilização de luzes especiais como forma de tratamento, sendo muito utilizada em recém-nascidos que nascem com icterícia, um tom amarelado na pele.

De acordo com a superintendente da Região de Saúde Leste, Raquel Bevilaqua, as readequações trouxeram mais conforto para os bebês e mamães.

“A equipe que trabalha na Ucin é multiprofissional composta de médicos neonatologistas e pediatras, além de enfermeiros, técnicos de enfermagem, fonoaudiólogos entre outros. Com a manutenção predial realizada, conseguimos disponibilizar ao servidor que trabalha na unidade com tanta dedicação um ambiente de trabalho mais humanizado bem como de assistência às mães e recém-nascidos que precisam dos cuidados intermediários neonatal”, assegurou.

Além dos leitos convencionais, o Hospital da Região Leste também abriga a enfermaria Canguru e todos os anos recebe a vistoria dos tutores do Método Canguru do Distrito Federal. O espaço físico diferenciado que a unidade oferece ganha elogios de quem usa, tanto pelo ambiente interno amplo quanto pelo ambiente externo.

Espaço para as mamães

Criado por uma servidora do hospital, o jardim externo traz benefícios para essas mães que ficam muito tempo na unidade. A varanda possui vista para o Lago Paranoá e conta com som com música ambiente. Há, ainda, o leito dormitório, espaço das mães que estão de alta e que têm o direito de acompanhar o menor, com alimentação e direito à acomodação. Soma-se a tudo isso o trabalho de acolhimento realizado pelos profissionais de enfermagem com as mães e os bebês prematuros que ficam muito tempo na unidade, de um a dois meses.



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FONTESecretaria de Saúde do DF
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