Rede pública de Saúde do DF ganha o primeiro ambulatório trans



Unidade funcionará no Hospital Dia da 508/9 Sul com equipe multiprofissional

Por Idelson Alan

A partir de 14 de agosto, a rede pública de saúde do DF colocará em funcionamento o primeiro ambulatório destinado ao atendimento de pessoas trans, travestis e transgêneros. A inauguração do espaço, localizado no Hospital Dia da 508/509 Sul, está prevista para 14h30. A iniciativa atende às recomendações e princípios do SUS, “de garantir a universalidade da assistência a todo cidadão brasileiro, independentemente de sua orientação sexual, etnia, idade e condições econômicas.”

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A unidade vai abrir as portas para atendimento à população trans do DF a partir de 21 de agosto e contará com equipe multiprofissional, prestando assistência em psicologia, psiquiatria, serviço social, endocrinologia e enfermagem. Para ter acesso aos serviços, os interessados podem se dirigir à unidade de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h e das 14h às 16h, e agendar a participação nos grupos de entrada.

A ideia é ampliar o atendimento posteriormente com a inclusão de especialidades como ginecologia e urologia. Os usuários do ambulatório serão encaminhados pelas unidades básicas de saúde, pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social da Diversidade (Creas), por busca espontânea, ou por intermédio de grupo de entrada, que absorverá a demanda inicial, já quantificada em pelo menos duzentas pessoas.

A materialização do projeto somente foi possível após o desenvolvimento de ações articuladas no âmbito do governo de Brasília, que mobilizou as secretarias de Saúde e do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh),além das defensorias do DF e União.

A atuação do Grupo de Trabalho (GT Ambulatório Trans), instituído pela Portaria n°155 de 25 de agosto de 2016, também foi determinante para implantar o novo serviço. O colegiado é integrado pela Secretaria de Saúde, defensorias públicas da União e do DF, Creas da Diversidade, e movimentos sociais como o Instituto Brasileiro de Transmasculinidade (Ibrat) e a Associação do Núcleo de Apoio e Valorização à Vida de Travestis, Transexuais e Transgêneros do Distrito Federal e Entorno (Anavtrans).

Para assegurar que a aplicação das políticas públicas específicas a esse grupo social fosse efetivada, em novembro de 2013 o Ministério da Saúde editou a Portaria nº 2.803, que redefiniu e ampliou “o processo transexualizador no SUS”, prevendo a capacitação e sensibilização dos profissionais de saúde para lidar, de forma humanizada, com transexuais e travestis, tanto na atenção básica sem discriminação, quanto na especializada.

Fonte: Agência Saúde DF



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