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24 nov 2024 07:22


Rollemberg diz diminuir gastos. Oposição, que nada mudou

Matéria põe em xeque economias divulgadas pelo governador, Rodrigo Rollemberg (PSB) e coloca equipe do Buriti para trabalhar em pleno sábado.

Uma matéria veiculada pelo jornal Correio Braziliense (CB), intitulada A máquina segue inchada,  tirou o sossego de Rollemberg na manhã do sábado (21). Isso porque são confrontados dados da gestão do ex-governador, Agnelo Queiroz (PT) com os de Rollemberg, em relação ao efetivo de servidores concursados e comissionado do GDF.

Embora durante a campanha eleitoral Rollemberg tenha prometido reduzir em 60% os cargos comissionados de livre provimento. De acordo com o CB, embora o governador tenha diminuído os cargos em comissão, a gestão atual aumentou o teto de despesas com pessoal de confiança.

A partir de informações do compiladas pela liderança do PT na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), o comparativo demonstrava:

Na gestão de Queiroz:

Disponibilidade de 17.011 cargos em comissão, ao custo máximo mensal de R$ 48.066.572,25; e de 3.829 funções de confiança à R$ 4.315.216,95 por mês, totalizando 20.838 cargos e funções em um montante de R$ 52.361.789,20

Na gestão Rollemberg:

Disponibilidade de 15.863 cargos em comissão, ao custo máximo mensal de R$ 48.264.193,38; e de 3.999 funções de confiança à R$ 4.639.404,38 por mês, totalizando 19.862 cargos e funções em um montante de R$ 52.903.597,76/mês.

De acordo com apuração do CB os dados do GDF os pagamentos de Janeiro não foram lançados no Portal Transparência e tão pouco houve a computação por parte do governo do custo das nomeações desse ano. Mas ainda segundo o CB, o chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, explicou: “Trabalhamos com números de setembro, quando o Rodrigo passou a falar em redução de comissionados, pois, a partir daí, o ex-governador começou a exonerar vários servidores.”, afirmou Doyle.

Mas a publicação do CB foi o suficiente para a equipe do governo correr e divulgar os dados ‘corretos’ no site da Agência Brasília (AB). Na matéria sob o título Corte pela metade de cargos comissionados economiza quase R$ 11 milhões por mês, publicada na tarde de sábado (21 às 16h30min), o governo tratou contrapor as informações do CB.

De acordo com o GDF: “O governo do Distrito Federal cortou pela metade o número de cargos comissionados de servidores sem vínculo com o Estado. O total de vagas ocupadas nessa condição caiu de 8.635, em setembro passado, para 4.410, segundo dados de 20 de fevereiro do Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos (SIGRH) do DF. O corte de 4.225 vagas – 48,93% – já se converteu em economia de R$ 10.936.877,12 na folha de pagamento mensal. Em setembro de 2014, o governo gastava com servidores de cargos comissionados sem vínculo R$ 28.167.792,36. Este mês, o gasto já foi de R$ 17.230.915,24.”

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Até Rollemberg reagiu

Mais que isso, de acordo com a AB, o próprio Governador Rodrigo Rollemberg (PSB) se prontificou a explicar à população do DF sobre a disparidade das informações e confirmar que o GDF reduziu custo com pessoal, ao contrário do que mostrou a liderança do PT na CLDF.

No site da AG consta: “Os números foram detalhados hoje pelo governador Rodrigo Rollemberg. O resultado aproxima-se, em menos de dois meses da nova gestão, da meta de 60% de cortes dos cargos comissionados a que se comprometeu durante a campanha eleitoral. O comparativo de fevereiro de 2015 com setembro 2014 se refere ao mês em que Rollemberg começou a falar em redução de comissionados – e quando, a partir daí, o governador anterior passou a exonerar servidores.”

Um bom motivo

A pressa do GDF em dar retorno sobre os gastos públicos é justificável. No momento o governo encontra-se impedido de efetivar novas contratações até 31 de Abril, por ter alcançado o índice prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Mas nos bastidores políticos, a redução do quadro de comissionados e as arrecadações devem possibilitar a revisão que anteciparia a possibilidade de realizar novas contratações.

A LRF também limitou o fluxo normal de contratação do GDF em Fevereiro.  Com isso as secretarias, estatais e principalmente as Administrações Regionais (RA) estão com déficit de profissionais para atender as demandas do GDF.  No caso das RAs, há o agravante da dificuldade de Rollemberg em compor a base de apoio com os deputados distritais, inviabilizando muitas nomeações por parte dos parlamentares.

Transparência:

A dificuldade do GDF que, segundo Doyle, tem   a Controladoria de Transparência e a Secretaria de Comunicação para dar transparência às ações do governo ainda pode deixar Rollemberg em maus lençóis. Afinal a tática da oposição, no momento tem se pautado em questionar os números e declarações do governador.  Se a equipe de governo pensasse um passo adiante, as informações já estariam disponíveis. Isso deduzindo que de fato sejam verídicas.

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