Por Lucas Pinheiro
Até pouco tempo atrás, eu tinha certeza que Agnelo Queiroz tinha sido o pior Governador da história do Distrito Federal. De fato, quando disse isso, não sabia da capacidade de Rodrigo Rollemberg nos surpreender e superar negativamente a administração petista.
O governo Rodrigo Rollemberg é, sem dúvida, um dos piores governos da jovem história política do Distrito Federal. Basta andar nos hospitais do Distrito Federal para ver do que estou falando. Recentemente, meu filho nasceu no Hospital Regional da Asa Norte. Apesar do excelente atendimento realizado pelos profissionais de saúde, eles próprios reclamavam que não tinham material suficiente. Só para se ter uma noção da gravidade da situação, minha esposa ficou sem lençol e tivemos que levar de casa. Ainda bem que tínhamos lençóis, pois muitos que estavam internados não tinham e chegamos a compartilhar alguns dos nossos com outros pacientes.
O Hospital do Câncer prometido por Rollemberg não saiu do campo da promessa. Reformar o Hospital da Ceilândia e fazer uma casa de parto, ficou só na Roda de Conversa. Construir um Hospital de Traumas ficou apenas no sonho, em 3 anos de Governo. Faltam remédios nas farmácias públicas. Os 2000 agentes comunitários de saúde prometidos na campanha, não temos nem sinal. A estratégia do Governo de substituir médicos especialistas dos Postos de Saúde por “Médicos da Família” enfraquece o atendimento ao cidadão nas Unidades Básicas de Saúde. Quando se vai a um pediatra, por exemplo, se quer uma opinião do pediatra e não de um médico generalista com ares de clínico geral. Por que na rede privada se pode ter um atendimento especializado e na Rede Pública temos que nos contentar com um atendimento generalista?
A Segurança Pública no Distrito Federal hoje, deixa muito a desejar. Segundo dados da própria Secretaria de Segurança Pública do DF, nesses três anos de Governo Rollemberg foram mais de 1700 crimes violentos letais intencionais, ou seja, mais de 1700 pessoas mortas violentamente. Não tenho dúvida que o problema está na gestão e nas estratégias da Secretaria de Segurança do DF. Para se ter ideia, o número de estupros vem crescendo a cada ano. O número de roubo a pedestres chegou a quase 100 mil nesses anos de Governo Rollemberg, ou seja, andar nas ruas do DF ainda é um perigo eminente.
A cidade está parada e não existem investimentos proporcionais ao tamanho da relevância do Distrito Federal. O Setor Produtivo do DF agoniza pelo excesso de burocracia e por causa do sistema cartorial de alvarás implantados nas Administrações Regionais. Os empresários sofrem uma via crucis terrível para abrir uma empresa e gerar empregos. Atualmente, a TERRACAP virou a grande especuladora imobiliária das terras públicas do DF e, juntamente com a AGEFIS, derruba igrejas e residências, sem sequer dar uma solução pra quem fica sem teto ou quem fica sem o direito de culto, garantido pela Constituição Federal. Por isso, é necessária uma urgente CPI da TERRACAP para apurar os interesses da grande especuladora.
Recentemente, o Governo Rollemberg cometeu um grande equívoco que foi propor e executar a transferência do pagamento das aposentadorias de servidores para custeio e realização de obras, revelando-se uma manobra puramente eleitoreira que ignora gerações futuras. Rollemberg nesses últimos três anos não fez uma gestão pública de qualidade. O ABC da gestão pública é diminuir despesas e aumentar receitas, ao contrário disso, Rollemberg usa a estrutura da máquina pública para cooptar filiados de partido de oposição oferecendo cargo público, numa prática escancarada de patrimonialismo e velha política. Os recursos que Rollemberg usa pra comprar apoio, ele deveria economizar para não precisar mexer nas aposentadorias dos servidores públicos.
Em Políticas Públicas de Juventude, Rollemberg teria que, no mínimo, cumprir suas promessas de campanha, principalmente no que se refere à democratização da cultura e lazer nas cidades satélites, a geração de empregos, oportunidades e qualificação técnica para os jovens. O fato é que o governo Rollemberg mostrou total desrespeito e incapacidade de efetuar e realizar políticas públicas. Apoiei, em 2014, o então candidato Rodrigo Rollemberg acreditando que um jovem da “Geração Brasília” poderia fazer muito pela juventude do Distrito Federal. Foi e está sendo uma grande decepção.
Rodrigo Sobral Rollemberg tinha tudo pra ser um grande líder, mas preferiu enveredar pelo caminho da mentira, da enganação e, principalmente, da incompetência. Ser honesto não é virtude, é obrigação. Assim como ser gestor não é virtude pra quem deseja ser governador, é obrigação. Mas gestão e planejamento não existem no dicionário do Governador do Distrito Federal. O “socialista” Rollemberg é um ex-governador em exercício e estamos contando os dias e as horas para sua saída.
Lucas Pinheiro é graduado em Gestão Pública, especialista em Orçamento Público e em Planejamento e Diretrizes Públicas e Presidente da Juventude do PSDB do Distrito Federal