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02 fev 2025 20:04

Saiba como organizar e quais itens doar na campanha Brasília pelo Sul

Categorização auxilia o trabalho de triagem da ação promovida pelo GDF, que já arrecadou centenas de toneladas de contribuições para o estado castigado pelas enchentes

Por Adriana Izel

Desde o início da campanha Brasília pelo Sul, promovida pelo Governo do Distrito Federal (GDF) sob coordenação da Chefia-Executiva de Políticas Públicas, a população demonstrou a força da solidariedade doando centenas de toneladas de itens para ajudar das vítimas das enchentes que assolaram os municípios do Rio Grande do Sul (RS) após fortes temporais iniciados no fim de abril.

A fim de facilitar a remessa da grande quantidade de arrecadações para o RS, o GDF chama a atenção para a organização e escolha dos itens a serem doados pelo brasiliense. O objetivo é dar mais celeridade à triagem e, consequentemente, à remessa das arrecadações, com categorização dos artigos e envio de materiais considerados essenciais nesta etapa de cooperação aos gaúchos.

No Centro de Capacitação Física (Cecaf) do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal já foram triadas e destinadas mais de 300 toneladas de produtos doados à base da FAB, responsável pelo envio às cidades gaúchas atingidas pelas enchentes | Fotos: Matheus Souza/Agência Brasília

“Precisamos contribuir com o trabalho dos que estão recebendo as doações. O volume de donativos recebido é enorme. Organizar e separar as doações antes de entregá-las é uma grande ajuda. O que pudermos fazer para facilitar o trabalho faz toda a diferença”, afirma a primeira-dama do GDF, Mayara Noronha Rocha.

Identificar as doações é a medida primordial para auxiliar os que atuam nos quatro galpões da campanha Brasília pelo Sul onde são feitas a separação e o armazenamento dos donativos antes da distribuição para o estado. Só no Centro de Capacitação Física (Cecaf) do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), no Setor Policial Sul, trabalham todos dias cerca de 40 militares e servidores da Defesa Civil do DF organizando os itens, onde já foram triadas e destinadas mais de 300 toneladas à base da Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pelo envio às cidades atingidas.

“Se fosse mais assertivo, teríamos a metade do trabalho que estamos tendo. Se tudo estivesse embalado e separado, só colocaríamos no caminhão e mandaríamos direto para a base aérea. Mas temos que abrir saco por saco e caixa por caixa para triar e embalar novamente. Mas tudo isso está sendo feito com muito afinco para ajudar nossos irmãos do Rio Grande do Sul”, destaca a agente da Defesa Civil Benedita Santos.

“Temos recebido roupas sujas ou rasgadas, sapatos sem cadarços e alimentos com validade próxima de vencer. É legítima a vontade de ajudar, mas é preciso ter um zelo”, observa a agente da Defesa Civil Benedita Santos

A condição dos donativos também é outro ponto importante a ser levado em conta na hora da doação à campanha. Itens rasgados, sujos e estragados estão sendo identificados durante a triagem e precisam ser separados para que não sejam enviados. Todos são acondicionados nos galpões para uma destinação futura, como o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), cooperativas e associações que possam aproveitar os materiais de alguma forma.

“As pessoas lá precisam de coisas de uso imediato; então, tudo em que for percebido que não dá para usar imediatamente não serve para aquela pessoa naquele momento. Temos recebido roupas sujas ou rasgadas, sapatos sem cadarços e alimentos com validade próxima de vencer. É legítima a vontade de ajudar, mas é preciso ter um zelo”, completa Benedita.

Itens essenciais

Galões ou garrafas de água doados pela população para envio ao Rio Grande do Sul devem estar lacrados

Devido à grande quantidade de arrecadações, agora é necessário priorizar os itens que estão sendo mais urgentes neste momento para os desabrigados e os desalojados da calamidade. Após a requisição de água e roupas, a principal demanda agora são materiais de limpeza e de higiene, roupa de cama, agasalhos e alimentos não perecíveis.

“Agora as doações estão se afunilando, porque as vítimas lá estão numa segunda fase que é limpar, ver o que sobrou e o que pode ser aproveitado após as águas baixarem. Temos recebido poucas doações de produtos de limpeza”, completa a agente. Entre os itens solicitados estão água sanitária, sabão em pó, vassoura, rodo, pano de chão, escova, bucha e todo tipo de produto e material para limpeza pesada.

Confira dicas de como organizar a sua doação:

→ As roupas devem estar em bom estado, limpas e identificadas. De preferência, devem ser acondicionadas em embalagens transparentes para facilitar a visualização do que está dentro e reunidas por perfil (masculinas e femininas), idade (adultos, adolescentes, crianças ou bebês) e tamanho (P, M e G), com um bilhete indicando as informações;

→ No momento, há uma demanda especial por roupas de frio (agasalhos, moletons etc) e sapatos fechados, devido ao início do frio previsto para os próximos dias;

→ Calçados precisam estar identificados e unidos por uma fita ou amarrados por um cadarço;

→ Toalhas, cobertores, mantas e colchões precisam estar devidamente limpos e identificados em embalagens transparentes para a visualização das condições de uso dos materiais;

→ As cestas básicas precisam conter apenas alimentos não perecíveis, que devem ter validade acima de dois meses;

→ Galões ou garrafas de água devem estar lacrados;

→ Produtos de limpeza, higiene pessoal, ração para animais, absorventes e fraldas infantis e geriátricas, sabonetes e repelentes devem ser enviados em suas embalagens originais, dentro da data de validade.

Comitê de emergência

O governador Ibaneis Rocha determinou, no dia 7 deste mês, a criação de um comitê de emergência para arrecadação de doações destinadas ao Rio Grande do Sul. O grupo é responsável por receber, planejar e coordenar a campanha de arrecadação das doações.

As ações do comitê serão gerenciadas pela Chefia-Executiva de Políticas Sociais, coordenada pela primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha.

Quem tiver interesse em ajudar pode levar as doações para os pontos de coleta nos grupamentos do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), nas administrações regionais, nas estações do Metrô e na Base Aérea de Brasília.

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