SAMU-DF está ‘socorrendo’ pacientes com desfibrilador vencido e até reutilizado?



Equipamento é utilizado para monitoramento de batimentos cardíacos e avisa quando necessário dar choque para reanimar paciente

Por Kleber Karpov

A informação é de um servidor da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), que pede para não ser identificado, ao procurar Política Distrital para denunciar que as viaturas do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), estão circulando com Desfibriladores Externos Automáticos (DEA) vencidos, em alguns casos usados e há unidades que sequer tem o equipamento para prestar socorro aos pacientes.

De acordo com o profissional de saúde, o DEA é utilizado, durante o socorro, para monitorar os sinais vitais dos pacientes e avisar em caso de necessidade de intervenção do médico durante o traslado do paciente até o hospital.

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“São dois fragmentos que colamos no peito do paciente e monitora se o paciente tem batimento cardíaco e se for o caso ele [DEA] aplica o choque no paciente. Cada viatura tem um equipamento desse, que só pode ser utilizado uma única vez. em pacientes com PCR [Parada Cárdio-Respiratória ].”.

Irregularidades

Porém, de acordo com o servidor, para garantir a sobrevida do paciente, em alguns casos, “não resta outra alternativa, senão utilizar as pás de DEA vencidas”. Ainda de acordo com o profissional de Saúde, a situação “está ficando cada dia pior”, pois há viaturas que são obrigadas a fazer os atendimentos de urgência, sem as pás de DEA e têm que recorrer a reutilização, o que não deveria ocorrer.

“Há viaturas que estão saindo das bases para prestar atendimentos de urgência, sem os equipamentos, tanto o de uso de adultos, quanto os infantis. E com isso, somos obrigados a utilizas as pás de DEA já utilizadas em outros pacientes.”.

Secretaria nega a falta

Ao Política Distrital, ao ser questionado, por meio da Assessoria de Comunicação (Ascom), a Secretaria informou que o processo de aquisição de pás de DEA está em andamento, e com prioridade.

“Já foi solicitado o recolhimento do material que, por ventura, esteja vencido. Atualmente, o estoque do aparelho está baixo, mas não há falta. Há o suficiente para todas as unidades e, havendo necessidade, poderá ocorrer remanejamento para que o quantitativo seja equalizado entre as bases.”



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